https://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/issue/feedRevista Científica de Educação2025-06-16T12:50:02-07:00Cristyane Batista Lealrce@facmais.edu.brOpen Journal Systems<p><strong>Foco e escopo</strong></p> <p><span style="font-weight: 400;">A Revista Científica de Educação é um periódico científico, especializado na área de Educação, editada pela Faculdade de Inhumas – FacMais. Sendo um periódico multitemático, tem como propósito contribuir com a difusão do conhecimento produzido no campo da Educação e com a atualização do debate que se realiza neste campo.</span> <span style="font-weight: 400;">As seções editorias da RCE são: </span><em><span style="font-weight: 400;">Artigos</span></em><span style="font-weight: 400;"> – espaço destinado à publicação de artigos multitemáticos, decorrentes de estudos investigativos vinculados à área de educação; </span><em><span style="font-weight: 400;">Em debate</span></em><span style="font-weight: 400;"> – seção destinada ao atendimento de demandas contínuas do debate contemporâneo de temas educacionais, com publicação de trabalhos acadêmico-científicos em diferentes formatos: ensaios; resenhas comentadas; relatórios de pesquisa; sínteses de dissertações e de teses; relatos de experiência. A Revista Científica de Educação está aberta à publicação de trabalhos inéditos que tomem como objeto temas pertinentes ao campo da Educação, especialmente relacionados a Educação, Cultura, Teorias e Processos Pedagógicos, Instituições e Políticas educacionais. </span></p>https://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/249Uma aposta na potencialidade do passado/da tradição2025-05-30T07:34:41-07:00Ronaldo Manzi Filhoronaldo@facmais.edu.br<p>Em muitos momentos do século XX, lemos reflexões sobre a elaboração do passado como um dos problemas centrais para podermos pensar de outra forma. Por exemplo, Maurice Merleau-Ponty propõe que uma verdadeira filosofia é reaprender a ver o mundo e que isso só é possível quando assumimos a tradição para podermos criar algo novo. Um pouco antes, Walter Benjamin propõe que estamos vivendo uma perda de experiência, pois nos tornamos incapazes de darmos uma forma simbólica transmissível de uma vivência. Theodor Adorno, ao pensar a educação, afirma que sua principal tarefa é a elaboração do passado. Hannah Arendt afirma que a crise na educação está correlacionada, entre outras coisas, com nossa postura de como lidamos com a tradição. Apesar de uma crise anunciar que nossa forma de vida entrou em colapso devido ao próprio modo de agirmos e pensarmos, não poderíamos simplesmente imaginar que poderíamos resolver nossos problemas ignorando o que foi pensado, vivido e instaurado. Zygmunt Bauman, por sua vez, destaca que vivemos em uma sociedade líquida, em que não herdamos nenhum “tesouro” da tradição. Bauman descreve como a sociedade moderna se caracteriza por “destruir” o que foi construído nas gerações anteriores em nome de algo melhor. Entretanto, o que se concretizou na contemporaneidade é uma destruição de tudo que era “sólido” e mesmo a própria ideia de sólido, tornando o que era durável algo retrógado. O que vemos em comum nestas reflexões é a necessidade de uma retomada da tradição para que possamos pensar algo novo. A proposta dessa reflexão é retomar a importância da elaboração do passado como uma forma de se reaprender a ver o mundo – não por uma nostalgia, mas por apostar na potencialidade do passado.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 UNIMAIShttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/258A concepção progressista de John Dewey e a influência do seu pensamento em inovações metodológicas atuais2025-05-30T08:55:44-07:00Norma Mendes Guimarães Alvesnormamalves@gmail.com<p>Este trabalho propõe analisar a relação entre a concepção pedagógica de John Dewey(1859-1952) e as inovações pedagógicas atuais denominadas metodologias ativas. O estudo éfeito a partir de uma análise crítica e reflexiva, por meio das categorias dialética e contradição.Trata-se de uma pesquisa qualitativa e bibliográfica, realizada a partir de artigos e capítulos delivros, apoiando-se, principalmente, em autores como Cunha (2008), Dewey (1959, 1976,1979), Duarte (2001, 2003), Freitas (2012, 2016), Libâneo (2005, 2016, 2019, 2022, 2025),Moran (2013, 2018), Peixoto (2016), Ramos (2001), Saviani (1994, 1999, 2011), Tiballi (2016,2020) e Vigotski (2003). Dewey trouxe diversas contribuições para o campo da educação,incluindo a escola nova e a pedagogia ativa. Sua proposta de “pensamento reflexivo” envolveum processo ativo que pressupõe a dúvida, o exame seletivo, o esforço consciente e,sobretudo, um propósito, buscando um conhecimento que deve partir de uma contínuareconstrução da experiência e de reflexão em torno das ações realizadas. As ideias de Deweysão coluna mestra para as atuais metodologias ativas que valorizam as inúmeras tecnologiasdigitais de informação e comunicação (TDIC) como parte fundamental nos processoseducativos. Dewey foi o pedagogista responsável pelas ideias do “aprender a aprender” e do“aprender fazendo”, dois temas que movimentam debates no mundo inteiro devido àcomplexidade e atualidade que encerram, e por serem alicerces das propostas pedagógicasque muitas vezes enfatizam o valor da experiência e das atividades práticas como finalidadeeducativa ao invés de meios de ensino-aprendizagem. Contudo, não obstante oreconhecimento da revolução que suas ideias trouxeram para a educação, o artigo traz umareflexão crítica à sua pedagogia, mostrando como as interpretações equivocadas de suaspropostas podem resultar em práticas mecanicistas e tecnicistas, quando enfatizam o fazerdesconectado do refletir sobre a ação, e como a metodologia da Aprendizagem Baseada emProblemas (PBL) pode ter seu potencial limitado ao concentrar-se excessivamente na soluçãode problemas específicos, negligenciando o desenvolvimento de uma base teórica sólida e dehabilidades críticas mais amplas. Dentro dessa perspectiva, o artigo sugere como principalcrítica à pedagogia de Dewey a ausência de uma percepção dialética em suas concepçõespedagógicas, capaz de integrar os elementos contraditórios que surgem em decorrência de suaprática.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/250Do corpo à consciência: práticas tradicionais de cura entremulheres Purhépecha (México) e suas ressonânciasinterculturais com o Brasil2025-05-30T07:45:55-07:00Euzelene Rodrigues Aguiareaguiar@uneb.br<p>Esta investigação analisa os conhecimentos e práticas tradicionais de saúde entre mulheresindígenas Purhépecha na Universidad Intercultural Indígena de Michoacán - UIIM, México. Oobjetivo deste estudo é conhecer as práticas tradicionais de saúde realizadas pelas nãnas,anciãs indígenas da etnia Purhépecha, que realizam atendimentos na UIIM como professorasda cultura tradicional escolhidas e indicadas pela comunidade. Inicialmente foram utilizadasferramentas da Etnopsicologia para a construção de um arcabouço teórico e simbólico quelegitime seus rituais de cura, processos psicológicos e formas significativas deinterculturalidade. Para compreender a dimensão subjetiva presente na atuação das médicasindígenas, no âmbito acadêmico e comunitário, buscou-se recuperar sua memória históricacoletiva ao analisar pensamentos, emoções, crenças e valores. A partir destas observaçõesforam elencadas as práticas de cura realizadas pelas mulheres indígenas Purhépecha, combase também nos relatos de outras mulheres da comunidade atendidas pelas nãnas.Posteriormente, através de estudos comparativos entre as intervenções terapêuticasintegrantes da cosmovisão Purhépecha e ferramentas da Dinâmica Energética do Psiquismo –DEP, que promove a corporificação da consciência e a integração da multidimensionalidadehumana. A pesquisa também envolve rodas de conversa, encontros temáticos e espaços dediálogo para fortalecer a identidade das mulheres indígenas e trocar experiências comsituações trabalhadas no Brasil. Nesta análise foram identificadas semelhanças e diferenças,sendo que ambas as abordagens propiciam um percurso vivencial que promove a integraçãoda multidimensionalidade humana, percebendo o indivíduo em sua dinâmica físico-mental eespiritual revelando a dimensão subjetiva das manifestações mentais, afetivas e sensoriais,onde o corpo constitui-se em um sistema de informação, no qual emergem as memórias desuas trajetórias autobiográficas. Espera-se que este estudo contribua para o reconhecimento evalorização dos conhecimentos e práticas tradicionais de saúde indígenas, promovendo ainterculturalidade e oferecendo subsídios para contemplar a sociodiversidade e singularidadesnas relações étnico-raciais, tanto no México quanto no Brasil.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitário Mais - Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/251EDUCAÇÃO EM MUSEUS: reflexões sobre o sentido dereciprocidade na comunicação museológica2025-05-30T08:12:45-07:00Lilian Santos da Silva Fontanarililian.ms.rs@gmail.com<p>O presente estudo examina os museus como espaços de conhecimento, memória, poder,<br>conflito e valorização, representados analogicamente como pontes, linhas e zonas por meio de<br>suas coleções e narrativas. Quando estimulados, esses conceitos possibilitam a compreensão,<br>ressignificação e transmissão de histórias e culturas. Com base nos estudos de Bruno (1996),<br>Clifford (1999), Vasconcelos (2007) e na análise da exposição “O Tropeiro na História de<br>Chapecó” (2017), esta pesquisa investiga os significados e as formas de comunicação dos<br>acervos e das construções expositivas. O objetivo é identificar como esses elementos se<br>expressam na função social dos museus e estabelecer uma conexão com a ação educativa,<br>ressaltando sua relevância para ampliar o papel social dessas instituições. Os resultados<br>apontam que, como ponte, o museu apresenta uma ligação linear entre dois pontos,<br>restringindo outras possibilidades de pensamento, seleção e interação. Como linha, ele se<br>transforma em um sistema de comunicação entrelaçado, oferecendo múltiplos itinerários,<br>modelos e visões de público, ainda que sujeito a desafios institucionais. Como zona, amplia-se<br>a percepção sobre espaços, diferenças, singularidades e conflitos no contexto museológico.<br>Essa abordagem não esgota as possibilidades de análise das relações técnicas e práticas de<br>poder, mas fornece subsídios relevantes para uma reflexão mais profunda sobre a dinâmica<br>museal.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/252El criterio de la interculturalidad en la Educación Superior Mexicana2025-05-30T08:15:19-07:00Margarito Ortega Ballesterosortega@gmail.com<p>Dentro del marco Constitucional mexicano y en particular de la Ley General de EducaciónSuperior la interculturalidad se visualiza, como ejercicio ético-político, que parte del hecho deque la sociedad no sólo es diversa, sino desigual, por lo que no basta señalar y valorar ladiversidad cultural, sino que se busca transformar las condiciones de subordinación ydesigualdad social. De conformidad a la Política Nacional y el Marco de Funcionamiento delSistema de Evaluación y Acreditación de la Educación Superior, la interculturalidad para laeducación superior es un criterio transversal, que promueve, busca y espera transformar a lasinstituciones en espacios de diálogo con pensamiento crítico y convivencia armónica,equitativa, solidaria y respetuosa. Muestra la importancia no sólo de “tolerar”, sino de aprendera vivir y a disfrutar las diferencias étnicas, sociales, culturales, religiosas y las que se dan entrenaciones. Exige el respeto absoluto de los derechos humanos y de la identidad de todas laspersonas y del desarrollo de una cultura de paz y justicia. Para ello, la interculturalidad requiereel despliegue de estrategias de impulso a la diversidad y la vitalidad cultural para laconstrucción de puentes o espacios de relación desde la diferencia. No se trata solo de“valorar” la diversidad, ni de sustituir conocimientos, saberes o prácticas; sino de la puesta enpráctica de interacciones efectivas y de la complementariedad. Desde las políticasinstitucionales las IES impulsan estrategias dinámicas y proactivas de participación social. Así,los entornos académicos que asumen la interculturalidad llevan a cabo un cuidadoso examende sus funciones, programas y procesos para fomentar el desarrollo de relaciones sociales yterritoriales desde la diversidad lingüística y cultural, incorporando diversos sistemas deconocimiento y paradigmas de investigación, para legitimar distintos ambientes y métodos deaprendizaje; así como para erradicar las prácticas y transformar las estructuras institucionalesque reproducen la exclusión y la marginación, incluyendo acciones afirmativas.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/253Entre Textos e Práticas: Cultura, Resiliência e Saberessobre Educação e Saúde entre os hebreus sob umaPerspectiva Antropológica2025-05-30T08:20:12-07:00Ana Paula Cavalcante Alencar da Silvacavalcanteap11@gmail.com<p>Na encruzilhada da historicidade e do trabalho de campo realizado no Seridó Potiguar,deparamo-nos com uma sociedade de características singulares. Para efeito deste texto,destacam-se o grande valor atribuído à educação e ao trabalho, elementos centrais na forteresiliência que caracteriza o sertanejo. A origem e a evolução social seridoense remetem aocontexto histórico da ocupação do Brasil entre os séculos XVI e XVIII. Os manuais de históriado Brasil, mesmo os mais elementares, informam sobre os interesses econômicos da CoroaPortuguesa no Novo Mundo, sua intenção de ocupação, povoamento e desenvolvimentoeconômico com base no capital particular. Gilberto Freire imortalizou a sociedade açucareira;Capistrano de Abreu desenvolveu um excelente estudo sobre o povoamento do interior doBrasil; Anita Novinsky revelou os arquivos da Inquisição, identificando os primeiros ibéricos achegar ao Brasil, seus interesses e estratégias para escapar de um mundo marcado porpreconceito e intolerância, onde a violência predominava. Médicos, advogados, comerciantes,doceiras, sapateiros, jovens e idosos, muitos dos quais desbravaram o sertão, dedicaram-se àpecuária e estabeleceram uma sociedade distinta daquela retratada em “Casa-Grande &Senzala”. Assim, embora os textos históricos apresentem essa narrativa, o trabalho de camporevela uma realidade mais profunda, rica em elementos culturais insubmissos, como regrasmatrimoniais, preceitos de higiene e uma medicina teúrgica ancestral, parte do sistemaeducacional milenar transplantado com a cultura do colonizador. Diante desse cenário, estacomunicação tem dois objetivos principais: apresentar a problemática individual e coletivaidentificada na pesquisa sobre a comunidade Sefardita entre os séculos XVI e XIX,confrontando o desafio de sobreviver e preservar uma identidade cultural ameaçada pelopreconceito religioso; e refletir sobre a resiliência como um fator essencial na educação esobrevivência judaica. No âmbito da cultura, da educação e da antropologia, espera-se queeste estudo, baseado em levantamento bibliográfico e entrevistas de campo, fomente o debatesobre as possíveis respostas da natureza humana a situações desafiadoras em diferentestempos e culturas.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/254La chagra Ticuna: un espacio biocultural para la preservación de rituales, plantas medicinales y saberes ancestrales en la Amazonia colombiana2025-05-30T08:39:37-07:00Alberto Carvajalino Slaghekkealberto.carvajalino@ugc.edu.com<p>El pueblo Ticuna de la Amazonía enfrenta crecientes amenazas a sus sistemas agroecológicostradicionales, particularmente la chagra (huerto agroforestal tradicional), debido a laglobalización y cambios en el uso de la tierra que alteran sus prácticas bioculturales. Esteestudio examina cómo la chagra funciona como un espacio vital para preservar conocimientosrituales, plantas medicinales y tradiciones ancestrales Ticuna, identificando al mismo tiempo losdesafíos actuales para su continuidad. Los objetivos principales fueron documentar el papel dela chagra en el mantenimiento de la identidad cultural, analizar sus rituales asociados ybiodiversidad, y evaluar la transmisión intergeneracional de los saberes vinculados.La metodología combinó trabajo de campo etnográfico en comunidades Ticuna del ríoAmazonas, mapeo participativo de chagras y entrevistas semiestructuradas a ancianos,agricultores y sanadores (n=42). Los inventarios botánicos registraron 63 especies cultivadas,incluyendo plantas medicinales como Uncaria tomentosa y especies sagradas comoBanisteriopsis caapi. Las prácticas rituales vinculadas a ciclos de siembra/cosecha sedocumentaron mediante registro audiovisual y observación participante. Los datos cualitativosse analizaron mediante codificación temática, mientras que los datos sobre uso de plantas secotejaron con bases etnobotánicas.Los hallazgos clave revelan que la chagra funciona como un nexo para: (1) prácticas rituales, alalbergar ceremonias como las bendiciones de semillas que refuerzan la identidad clánica; (2)conservación de biodiversidad, con el 85% de las plantas medicinales usadas en la tradicióncurativa Ticuna siendo cultivadas activamente; y (3) aprendizaje intergeneracional, aunque lasgeneraciones más jóvenes muestran menor familiaridad con las técnicas de cultivo.Notablemente, las mujeres emergieron como principales guardianas de la diversidad desemillas y tradiciones orales asociadas. Sin embargo, el avance de monocultivos y la migraciónjuvenil amenazan la viabilidad de la chagra, con un 68% de entrevistados reportando reducciónen sus tamaños durante la última década.El estudio subraya que la chagra es más que un espacio agrícola: es un reservorio dinámico dela cosmología Ticuna, donde la preservación ecológica y cultural son interdependientes. Lasrecomendaciones enfatizan iniciativas comunitarias para revitalizar la educación basada en lachagra y políticas de derechos territoriales que protejan estos espacios. Al presentar la chagracomo refugio biocultural crítico, esta investigación contribuye a debates más amplios sobreresiliencia indígena en sistemas agroecológicos amazónicos.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/255La Universidad Intercultural Indígena de Michoacán: Un espacio para la inclusión de las comunidades2025-05-30T08:43:37-07:00Jennifer Martínez Murillorector@uiim.edu.mxUlises Vargas Jerónimoulises@gmail.com<p>Se presenta un análisis de una institución de educación superior perteneciente al modelo de<br>educación intercultural de México. Una universidad que a 19 años de existencia ha dado<br>cobertura a más de 15,000 estudiantes del estado de Michoacán, ofertando 9 programas de<br>nivel licenciatura, 4 de nivel posgrados y diversos programas de educación continua para el<br>rescate, reivindicación y fortalecimiento de la lengua, la cultura y el territorio. Una institución<br>que da cobertura a 4 pueblos originarios: otomí, mazahua, náhuatl y p’urhépecha. Y que ha<br>llegado a todas las regiones indígenas de Michoacán a través de 6 sedes como unidades<br>académicas. El análisis aborda tres aspectos importantes: (a) el origen de la Universidad<br>Intercultural Indígena de Michoacán, como una demanda histórica educativa para los pueblos<br>originarios de Michoacán, y la perspectiva del surgimiento del modelo de educación superior<br>intercultural en México (b) el desarrollo de la Universidad, como una propuesta de formación<br>profesional, desde una perspectiva inclusiva para la sociedad Michoacana, analizando su<br>quehacer docente, vinculativo, de investigación y promoción de la cultura, así como de<br>respuesta a las necesidades de las regiones donde se tiene incidencia, y (c) los retos y<br>oportunidades de una universidad en el contexto actual desde una mirada crítica, para<br>responder a las demandas presentes de los pueblos indígenas de Michoacán y de México, y<br>sostenerse como una propuesta vigente en constante actualización y mejora. Este análisis<br>pretende ser un punto de reflexión entre al pasado y presente, desde un panorama analítico y<br>retroalimentado desde la visión de las comunidades, las instituciones educativas y el sector<br>gubernamental mexicano.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/256Patrimonio Inmaterial, identidad y turismo en España2025-05-30T08:49:18-07:00José Manuel Rodríguez Rodríguezjmrodriguez@usal.es<p>En el año 2001 la UNESCO comenzó a elaborar un listado —a la vez que definir el propioconcepto— de Patrimonio Inmaterial, elenco que sirviera de acicate para que las comunidadesparticipasen directa y directamente con este patrimonio y sus valores lo pudieran documentar,identificar, proteger, promover y revitalizar.Paralelamente, en cada país e incluso en cada región (en el caso de España), existen un sinfínde catalogaciones y conceptos que en ocasiones, lejos de proteger y revitalizar el PatrimonioInmaterial, generan conflictos entre los actores y comunidades protagonistas, llegando aduplicarse diferentes tipos de salvaguardas para un mismo bien patrimonial obligando a losactores/protagonistas de las celebraciones/fiestas a conservar o representar sus rituales enocasiones basándose en una ley administrativa, lo que supone una clara transformación de lacelebración en sí misma.La comunicación analiza el diálogo entre identidad y turismo, especialmente en los ritospopulares que presentan algún tipo de catalogación o salvaguarda institucional en España,donde la evolución de estos ha derivado en la conversión de estos en un producto turístico y,por tanto, con posibilidad de ser promocionado y comercializado por las políticas públicas,transformando las manifestaciones populares en algo completamente diferente y, confrecuencia, sin tener en cuenta a las comunidades protagonistas de estos rituales.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/257Requalificação do Patrimônio Cultural (I)Material doMoinho Velosense: Desenvolvimento, Território eCultura, em Salto Veloso, Estado de Santa Catarina, Brasil2025-05-30T08:52:56-07:00Célia Regina De Bortolibortolisv@gmail.com<p>Este trabalho analisa o processo de requalificação do Moinho Velosense, em Salto Veloso (SC),como um estudo de caso sobre a interseção entre patrimônio cultural, educação e diversidadecultural. O objetivo é demonstrar como a transformação de um patrimônio histórico em umcentro cultural pode fortalecer a identidade local, promover a educação cultural e artística evalorizar a diversidade étnica e histórica da região. A fundamentação teórica baseia-se emconceitos de antropologia cultural, patrimônio material e imaterial e educação patrimonial. Ametodologia inclui pesquisa documental, entrevistas com a comunidade local e análise doprocesso de tombamento e requalificação do moinho através de um projeto arquitetônico. Osresultados parciais mostram que o projeto já impacta positivamente a comunidade, fortalecendoo sentimento de pertencimento e promovendo a valorização de outras expressões culturaislocais. Conclui-se que a requalificação de patrimônios históricos, quando integrada à educaçãoe à participação comunitária, pode ser uma ferramenta poderosa para a preservação damemória coletiva e a promoção da diversidade cultural.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/259A construção tecnológica e a estética na arquitetura: o limite do reflexo estético (antropomorfizador) no pensamento arquitetônico moderno2025-05-30T09:07:26-07:00Augusto César Chagas Paivaaugusto.paiva@uol.com.br<p>A crise estrutural do capitalismo não poupa qualquer complexo que esteja sob suasdeterminações. Nesse contexto as manifestações estéticas da arquitetura, prodigas emperíodos históricos anteriores ao moderno, se veem limitadas pelo reflexo científico(desantropomorfizador) da moderna técnica arquitetônica. Este estudo insere-se no movimentode construção da tese "La distancia entre el plan urbanístico consolidado y su implementación:un estudio sobre el patrimonio histórico de Fortaleza", que ora desenvolvemos no curso deDoutorado em Ciências Sociais na Universidade de Salamanca (USAL) – Espanha.Pretendemos compreender o modo como se produz e como nasce a conformação dos espaçosdo homem, antropomorfizador, na arquitetura; e como se produz a sua realização estética.Buscaremos também vislumbrar de que modo os limites do reflexo estético(antropomorfizador), postos pela prática na arquitetura moderna, poderão ser alargados, oumesmo eliminados, por um pensamento arquitetônico vindouro que não se limiteexclusivamente ao reflexo cientifico, desantropomorfizador. Esta é uma pesquisa bibliográficacentrada basicamente no volume IV da obra “Estética: La peculiaridad de lo estético”, de 1966,do pensador Georg Lukács, com o apoio de autores especializados em história da arquitetura:Michael Fazio; Marian Moffett; Lawrence Wodehouse, Arnold Hauser; Carlos Antônio L.Brandão; Fernando Chueca Goitia; entre outros. Este estudo observou o caráter social dasmanifestações estéticas na arquitetura de vários períodos da história: o neolítico, a Idade doBronze, a civilização egípcia, a civilização romana, o gótico, o renascimento, o barroco e operíodo moderno. Entendemos que o pensamento arquitetônico atual está limitado pelautilização tecnológica (geométrica) ótima dos matérias modernos, pelo reflexo científicodesantropomorfizador, extinguindo a possibilidade da imediata identificação da conformaçãovisual do espaço com o reflexo da realidade.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/261A diversidade social e cultural no ensino de inglês2025-05-30T09:26:14-07:00Lucas Ferreira Amaralferreiramarallucas02@gmail.comAnna Klara Pelecerannapelecer@gmail.comValdilene Elisavaldilene.elisa@ueg.br<p>Este estudo foi realizado em uma escola pública de Inhumas, com alunos com rendimentoescolar não satisfatório. Usamos esse conceito pois eles estão abaixo da média estipulada.Nosso intuito era valorizar os conhecimentos já adquiridos, porém diversificados, dos alunos. Aabordagem colaborativa aparece como mediadora das atividades lúdicas desenvolvidas,games. A interação por meio dos games promoveu uma troca de conhecimentos e a aquisiçãode novas experiências. Nesse sentido, o PIBID está sendo uma vivência enriquecedora,aprendemos todos os dias com a diversidade presente na sala de aula. Nesse contexto,observamos que tantos os alunos da 6° ano, quanto os alunos da 7° ano, grande parte teveinteresse nas atividades e nas metodologias das aulas, pois tudo aquilo era diferente para eles.Introduzimos essas metodologias de maneira tranquila e didática, para que tudo fossecaminhando de acordo com o ritmo de cada um, e assim fazendo com que nenhum aluno sesentisse excluído desse processo. Contudo, alguns alunos não demonstraram tanto interessenas atividades, por terem dificuldade de ler, outros por serem alunos com necessidadesespecíficas, e ainda dificuldade de conviver em grupo. Esse estudo nos deu a experiência deque é preciso trabalhar com eles de forma personalizada, pois necessitam de habilidadesdiferentes.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/262A Educação Escolar Indígena no Ceará: reconhecendo identidades2025-05-30T09:31:41-07:00Maria Veirislene Lavor Sousaveirislene@gamil.com<p>A presente pesquisa tem como objetivo apresentar os percursos traçados pelos povosoriginários para o surgimento da educação escolar indígena no Estado do Ceará, as origens daescola diferenciada e da educação intercultural.Entende-se que a educação indígena sempre existiu, embasada na: cultura, ancestralidade,religiosidade, arte, tradição oral, crenças, cultos, línguas, saberes, curas, cantos, musica, ritosde passagem, vivencias com o meio e entre sua comunidade, cultura do bem viver, tradições,dentre tantos outros elementos culturais. A origem dessa educação aponta para a década de1990, marcada pelo surgimento de inúmeros documentos sobre a temática, traçando diretrizesregidas pela Constituição Federal, de 1988, e pela Lei de Diretrizes e Bases da EducaçãoNacional, a Lei nº 9.394, de 1996, que garantem uma educação diferenciada, bilíngue eintercultural, atendendo e respeitando a diversidade das etnias indígenas. Dentre outrosdocumentos, que definem princípios, diretrizes e ações para a educação escolar indígena,discorrendo também sobre a formação de professores para essa modalidade educacional. Combase nesse cenário, parte-se da seguinte questão central: quais os caminhos traçados nessaluta de resistência para que viesse a existir uma escola pensada pelos povos originários, queresgate e preserve sua identidade?A pesquisa caracteriza-se como bibliográfica, documental, descritiva e qualitativa. Para revisãode literatura, revisitou-se especialmente as obras de Freire (2004), Muduruku (2012) e Krenak(2019), além de documentos governamentais.Nesse caminho, os resultados apontam muitas descobertas, além de inúmeros desafios parareconhecimento da identidade ou identidades indígenas a partir da educação escolar indígenano Ceará.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/263A Formação do Pedagogo para a Coordenação Pedagógica: Análise das Matrizes Curriculares em Instituições Públicas de Goiás2025-05-30T09:35:21-07:00Kelly Cardoso de Araújo Alvekellycardoso.a2@hotmail.comDaniella Couto Lôbodanielacouto@facmais.edu.br<p>O presente resumo faz parte de uma pesquisa que tem como temática a formação dopedagogo e sua atuação na coordenação pedagógica no contexto da educação básica. Oestudo busca compreender como os cursos de Pedagogia em instituições públicas de ensinosuperior no estado de Goiás, Brasil, têm estruturado a formação do pedagogo para essa funçãoestratégica nas escolas. Para tanto, foram analisadas as matrizes curriculares dos cursos dePedagogia da Universidade Federal de Goiás (UFG), no campus de Goiás e Goiânia, e daUniversidade Estadual de Goiás (UEG), na Unidade Universitária de Anápolis. O objetivocentral da investigação é compreender em que medida a formação inicial do pedagogocontempla os conhecimentos, competências e práticas necessárias ao exercício dacoordenação pedagógica. Entre os objetivos específicos, destacam-se: mapear osfundamentos históricos e legais da formação docente; identificar, nas matrizes curriculares, oscomponentes voltados à preparação do coordenador pedagógico; e analisar os desafiosenfrentados por esse profissional nas escolas públicas de educação básica. A pesquisa adotauma abordagem qualitativa, com uso de procedimentos bibliográficos e documentais. Foramexaminados documentos institucionais — como matrizes curriculares, ementas e ProjetosPedagógicos dos Cursos (PPCs) — disponíveis nos sites oficiais das universidades. Aorganização e codificação dos dados permitiram uma análise comparativa das propostascurriculares das três instituições. Os resultados evidenciam que, embora haja convergência emtermos das diretrizes curriculares nacionais, existem variações significativas quanto às cargashorárias, à presença de disciplinas optativas e à articulação entre teoria e prática. Taisdiferenças refletem distintas concepções de formação docente e, por consequência, distintosníveis de preparo para a coordenação pedagógica. Conclui-se que a formação do pedagogo,para ser efetiva frente às exigências contemporâneas da gestão pedagógica, deve articular-seàs realidades locais, valorizar a prática escolar e promover o desenvolvimento de competênciascríticas e reflexivas, sustentadas por uma formação continuada que integre universidade eescola.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/264A Irmandade do Senhor Bom Jesus de Cuiabá, símbolo e imagem2025-05-30T09:40:43-07:00Ney Iared Reynaldoney.iared@ufr.edu.br<p>Este artigo analisa o surgimento da Irmandade do Senhor Bom Jesus de Cuiabá, seu símbolo eimagem, reforçam sua caracterização como espaço representativo da elite cuiabana, debrancos e abastados, barram outros grupos sociais (pretos, libertos e pardos), vetam suasentradas, garantindo para si o exercício político no seio da Irmandade. O objetivo consiste emanalisar os livros produzidos pela Irmandade, pois constituem a base de sustentação decontrole, poder e dominação, visando a própria sobrevivência da Entidade. A metodologiaempregada foi a pesquisa bibliográfica e documental, de análise qualitativa-descritiva emperiódicos e publicações de autores que discorrem sobre as Irmandades em Mato Grosso, queconstituem os instrumentos utilizados na execução da pesquisa. As Irmandades, eraminstituições leigas criadas e organizadas espontaneamente pela sociedade civil junto às Igrejase tendo por referência um santo padroeiro. Seus quatro Livros são objeto dessa pesquisa:Termo de Compromisso: a constituição da hierarquia estabelecida nas relações da Ordem;Bens e Alfaias: inventário patrimonial existente; Sessão de Mesa: as Reuniões dos membros daIrmandade; e Registro de Entrada de Irmãs e Irmãos: quantitativo de Irmãs e Irmãos, noperíodo de 1822 a 1898. Esses manuscritos (Livros) permitem situar a hierarquia daIrmandade, quais os ingressos e, como evidenciar a camada social ali representada. Aprodução do espaço católico, assim como do seu grupo associativo, a Irmandade se deu deacordo com as condições sociais locais, ou seja, conforme composição do quadro socialexistente no contexto do século XIX. Os grupos sociais da Provincia de Mato Grossoproduziram diferenças econômicas, políticas e sociais, pelo desenvolvimento do comércio,produção agrícola, criatória ou nos engenhos, bem como na ocupação de importantes cargospolítico-administrativos, da justiça e/ou de postos militares. Esse lugar social de cada grupoestava articulado com a produção socioeconômica, política e cultural da Província de MatoGrosso, como a pertença às elites herdeiras pós-coloniais, cativos e libertos ou aos corposmilitares de defesa do território. Os documentos pesquisados nos revelam a manifestação dosagrado atrelada, às formas de pertencimento e de reconhecimento entre os membros de um grupo religioso.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/265A Marmelada de Santa Luzia e a Antropologia: Cultura, Patrimônio e Identidade2025-05-30T09:44:08-07:00Dionete Silva Pimentadi_dionete@hotmail.com<p>A Marmelada de Santa Luzia, doce de sabor peculiar, produzido na região das cidades deLuziânia e Cidade Ocidental, próximas à capital federal, Brasília, transcende sua funçãoalimentícia e se estabelece como um símbolo cultural e patrimonial. Este estudo busca analisara marmelada sob a perspectiva antropológica, compreendendo-a como um elemento deidentidade local e um meio de transmissão de saberes intergeracionais. A pesquisa se baseiaem fontes históricas, observação etnográfica e entrevistas com produtores artesanais,destacando a relação entre a prática da produção e os valores culturais compartilhados pelacomunidade local. Os resultados apontam para a ressignificação da marmelada nacontemporaneidade, seja como estratégia de resistência cultural, seja como um produto queimpulsiona o turismo e a economia criativa. A análise evidencia como a antropologia podecontribuir para a valorização e a preservação de patrimônios imateriais, reforçando o papel dagastronomia na constituição das identidades culturais.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/267A Importância Do Ensino De Literatura No Processo De Aprendizagem Na Educação Básica: Um Estudo A Partir Da BNCC2025-05-30T13:06:00-07:00Maura de Oliveira Lima de Freitasmaurafreitas@facmais.edu.brCrystiane Batista Lealcristyane@facmais.edu.br<p>Muitos são os desafios enfrentados pelos educadores ao implementar o ensino de Literatura, como a carência de formação específica para professores, a limitação de tempo curricular e a escassez de materiais didáticos atualizados. Esta pesquisa visa investigar como o ensino de literatura, alinhado às diretrizes da BNCC, pode contribuir para o desenvolvimento integral dos estudantes, transformando-os em indivíduos críticos, sensíveis e socialmente engajados. Acredita-se que a literatura vai além, ela abrange aspectos culturais, históricos e sociais que enriquecem a experiência educacional. Partindo da necessidade de aprofundar a compreensão sobre o papel da literatura na educação básica, à luz da BNCC, considera-se que, ao alinhar as práticas pedagógicas com as competências e habilidades propostas pela BNCC, seria possível promover um ensino mais eficaz e significativo, adaptado às necessidades contemporâneas dos nossos alunos. Portanto, será investigada a formação integral do estudante a partir do ensino de literatura na educação básica, em consonância com a BNCC. Ao analisar as competências e habilidades propostas pela BNCC no que se refere ao ensino de literatura, pretende-se identificar direcionamentos pedagógicos que potencializem o desenvolvimento de leitores críticos e reflexivos e avaliar o impacto do ensino de literatura no processo de aprendizagem dos estudantes, considerando aspectos emocionais, sociais e culturais. A BNCC reconhece a importância da leitura literária como uma competência essencial para o desenvolvimento integral dos estudantes, mas em que medida isso realmente ocorre contemporaneamente? Será adotada a metodologia qualitativa, utilizando revisão bibliográfica e análise documental para investigar a importância do ensino de literatura na educação básica, conforme as diretrizes da BNCC. Espera-se que os resultados da pesquisa contribuam para o aprimoramento das práticas pedagógicas no ensino de literatura, de maneira a fortalecer a formação de pessoas críticas, sensíveis e socialmente conscientes.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 UNIMAIShttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/268As contribuições da literatura infantil para as políticas de educação inclusiva: Com olhar a partir da diversidade2025-05-30T13:12:43-07:00Maria de Fátima Macedo Silvamariadefatima@aluno.facmais.edu.brMarcelo Máximo Purificaçãomarcelomaximo@facmais.edu.br<p>A literatura infantil ocupa um papel central na formação de valores desde os primeiros anos escolares e pode ser uma importante aliada na construção de práticas pedagógicas voltadas à inclusão. No contexto da Educação Infantil, a presença de obras que abordem a diversidade — seja ela cultural, étnico-racial, de gênero ou relacionada à deficiência — permite que todas as crianças se sintam representadas e acolhidas. Este estudo tem como objetivo compreender como a literatura infantil pode contribuir para a efetivação das políticas de educação inclusiva, com foco na valorização da diversidade. Para isso, foi adotada uma abordagem qualitativa com três estratégias metodológicas complementares: estado do conhecimento, revisão bibliográfica e análise documental. O estado do conhecimento foi realizado por meio de buscas sistemáticas no Banco de Teses da CAPES, identificando produções relevantes entre 2014 e 2024. A revisão bibliográfica baseou-se em autores que discutem literatura, inclusão e diversidade na infância. A análise documental concentrou-se em acervos literários e práticas pedagógicas utilizadas nas escolas públicas de São Luís de Montes Belos – GO. Os resultados demonstram que a literatura infantil, quando mediada de forma crítica e intencional, pode ser um instrumento poderoso para estimular o respeito às diferenças e fortalecer o pertencimento de todas as crianças ao ambiente escolar. Constatou-se, porém, uma carência significativa de materiais literários inclusivos nas instituições analisadas, o que evidencia a urgência de políticas que ampliem o acesso a esses recursos. Conclui-se que o uso consciente da literatura infantil pode promover práticas pedagógicas mais equitativas e sensíveis à pluralidade humana, colaborando com a construção de uma educação verdadeiramente inclusiva.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 UNIMAIShttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/269As Contribuições Dos Recursos Imagéticos No Ensino De Cartografia Para Alunos Surdos2025-05-30T13:19:45-07:00Karla Janaina de Souza Brito Pireskarlajanaina@aluno.facmais.edu.brDaniela do Couto Lôbodanielacouto@facmais.edu.br<p>A inclusão de alunos surdos na educação brasileira reflete um processo histórico de conquista de direitos e valorização da diversidade linguística e cultural. Com base nessa perspectiva, este trabalho tem como objetivo apresentar os marcos legais e as políticas públicas relacionadas à educação inclusiva para alunos surdos no Brasil, com ênfase na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996 e na Declaração de Salamanca de 1994. A aprendizagem dos alunos surdos é, em sua maioria, mediada com recursos didáticos. Nesse sentido, a investigação parte dos questionamento: Os recursos imagéticos podem ser utilizados para promover uma aprendizagem inclusiva e eficaz no ensino de Cartografia para alunos surdos do Ensino Médio? Considerando as particularidades dessa população, qual importância do trabalho do professor/intérprete? O objetivo geral é investigar a contribuição dos recursos imagéticos para o ensino de Cartografia no Ensino Médio, visando facilitar a compreensão e a aprendizagem dos alunos surdos, promovendo a inclusão educacional. A metodologia adotada é de natureza qualitativa, com enfoque documental e bibliográfico. A análise foi realizada a partir de legislações educacionais, diretrizes institucionais e estudos acadêmicos voltados à educação inclusiva, especialmente no que se refere aos direitos dos alunos surdos. O trabalho se fundamenta em autores que contribuem significativamente para o debate, como Mantoan (2003, 2006), que defende a inclusão como princípio ético e social; Bezerra (2024), que enfatiza a importância da formação continuada e do uso de tecnologias assistivas; Lodi (2021), que discute a valorização da Libras e a adaptação dos currículos; e Barbosa (2020), que analisa os desafios estruturais e pedagógicos enfrentados na prática da inclusão. O levantamento bibliográfico inicial aponta que, apesar da existência de um arcabouço legal que defende o direito à educação, há obstáculos na efetivação da inclusão de alunos surdos, como a formação inadequada de professores e a escassez de materiais pedagógicos acessíveis. O estudo evidencia que garantir uma educação de qualidade para alunos surdos exige não apenas o cumprimento das leis, mas mudanças nas práticas escolares, com valorização da Libras, uso de recursos visuais e reconhecimento da identidade surda no ambiente educacional.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 UNIMAIShttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/270As Políticas Educacionais E A Gestão Escolar: Finalidades Educativas E Impactos No Contexto Neoliberal2025-05-30T13:23:29-07:00Waldomira Jesus do Amaral Santoswaldomirajesus@aluno.facmais.edu.brDaniel Junior de Oliveiradanieljunior@facmais.edu.br<p>gestão escolar desempenha um papel estratégico na condução do processo educativo, sendo atravessada por disputas políticas e ideológicas que refletem concepções distintas de educação. No atual contexto de avanço das políticas neoliberais, observa-se o fortalecimento de modelos gerencialistas na administração escolar, os quais priorizam a eficiência, o controle e a responsabilização individual, em detrimento de uma perspectiva democrática e emancipadora. Este estudo tem como objetivo investigar as finalidades educativas da gestão escolar, com ênfase nos conceitos de transformação e conservação, buscando compreender de que forma essas finalidades influenciam o processo educacional e a atuação dos gestores. A questão central que orienta a pesquisa é: de que maneira as finalidades educativas da gestão escolar, em meio às influências do neoliberalismo, impactam a construção de uma escola democrática e socialmente referenciada? Para responder a essa problemática, optou-se por uma pesquisa bibliográfica, fundamentada nos estudos de autores como Paro (2011, 2023), Libâneo (2012, 2023), Dourado (2007, 2020) e Gadotti (2014). As análises evidenciam que a gestão escolar, quando subordinada aos interesses do mercado, tende a reproduzir práticas conservadoras que esvaziam a dimensão pedagógica da escola, reduzindo-a a uma organização tecnocrática voltada ao cumprimento de metas e indicadores. Por outro lado, quando fundamentada na participação coletiva, na escuta ativa e no compromisso com a justiça social, a gestão escolar pode se constituir como um espaço de resistência, capaz de promover uma educação crítica e comprometida com a formação cidadã. A pesquisa aponta para a necessidade de ressignificar a prática gestora, superando o autoritarismo e o tecnicismo presentes nas escolas públicas, a fim de consolidar uma cultura democrática que valorize o diálogo, a corresponsabilidade e a construção coletiva do projeto educativo.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 UNIMAIShttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/271Educação infantil: a relevância da psicomotricidade para o desenvolvimento e a aprendizagem da criança na educação infantil12025-05-30T13:26:42-07:00Bruna Caponi Borbabrunacaponi@aluno.facmais.edu.brLucineide Maria de Lima Pessonilucineide@facmais.edu.br<p>O presente estudo discute a relevância de práticas educativas voltadas ao desenvolvimento psicomotor na educação infantil, especialmente nas redes públicas de ensino. O objetivo geral é compreender as atividades psicomotoras em suas dimensões físicas, cognitivas, socioafetivas, motoras e curriculares, destacando sua importância no processo de aprendizagem da criança na pré-escola. Para alcançar esse propósito, foram definidos três objetivos específicos: compreender as bases conceituais das atividades psicomotoras e a caracterização da primeira infância; discutir a aprendizagem da criança na pré-escola; e identificar as atividades psicomotoras previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que se relacionam ao processo de aprendizagem infantil. A metodologia de revisão sistemática de literatura, com abordagem descritiva, voltada à análise de produções científicas sobre psicomotricidade e o desenvolvimento na educação infantil. A investigação se apoiou em autores clássicos da teoria histórico cultural como Henri Wallon, Lev Vygotsky, cujas teorias embasam a compreensão da psicomotricidade como processo integrado ao desenvolvimento global da criança. Esses teóricos apontam que o movimento corporal está diretamente ligado ao desenvolvimento emocional, cognitivo e social da criança, sendo o brincar e a interação elementos centrais nesse processo. Os resultados mais relevantes indicam que a psicomotricidade, quando aplicada de forma intencional e lúdica, contribui significativamente para a organização do pensamento, o estímulo da linguagem, a coordenação motora e a autonomia da criança. As atividades psicomotoras promovem não apenas o domínio corporal, mas também favorecem a expressão emocional e a construção de relações sociais e afetivas significativas. A pesquisa também evidencia que, embora a BNCC reconheça a importância dessas práticas, sua implementação nas escolas enfrenta entraves como a escassez de recursos, formação específica dos professores e infraestrutura inadequada. Conclui-se que a integração das práticas psicomotoras ao cotidiano da educação infantil é essencial para a construção de uma base significativa para a aprendizagem e para o desenvolvimento integral das crianças, sendo necessário investir em políticas públicas que valorizem essa dimensão e formem profissionais preparados para atuarem com finalidades pedagógicas desde os primeiros anos escolares.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 UNIMAIShttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/272Políticas Afirmativas e Estudos Culturais: Educação Intercultural e Etnografia nas Narrativas Autobiográficas de Jovens Umbandistas no Terreiro e na Escola2025-05-30T13:29:16-07:00Elisângela Campos Silva Honórioelisangelacampos@aluno.facmais.edu.brMarcelo Máximo Purificaçãomarcelomaximo@facmais.edu.br<p>Este estudo dedica-se a uma investigação etnográfica qualitativa que busca compreender a construção da identidade e do pertencimento religioso entre jovens umbandistas em terreiros de Goiás e em uma escola pública. Ao explorar a interação entre identidades religiosas e escolares, a pesquisa destaca a escola como um espaço plural que abriga diversas expressões religiosas. Por meio da coleta de autobiografias e narrativas etnográficas, o trabalho revela que as narrativas não somente desafiam estigmas sociais, mas também promovem um diálogo intercultural enriquecedor entre saberes e práticas religiosas e educacionais. A pesquisa evidencia a importância da educação intercultural e da etnografia para a valorização das experiências dos jovens umbandistas, sugerindo que suas narrativas tornam possível a fusão de suas raízes culturais e demandas acadêmicas. Os resultados apontam ainda para a necessidade de inclusão de conteúdos afro-brasileiros nos currículos escolares, promovendo um ambiente mais seguro e acolhedor para a diversidade cultural. As narrativas dos jovens refletem a complexidade de suas identidades, marcadas por múltiplas expressões e desafios, e sublinham a importância da educação na formação de um olhar respeitoso e inclusivo sobre práticas religiosas e culturais diversas. Nesse contexto, as experiências desses jovens são cruciais para a construção da identidade e pertencimento na sociedade contemporânea, sendo a narrativa uma ferramenta fundamental para desafiar preconceitos e promover respeito e inclusão nas escolas. O estudo propõe que a escola deve ser um ambiente de aprendizado e convivência, contribuindo para a formação de cidadãos conscientes e respeitosos em relação à diversidade cultural e religiosa. Esta pesquisa é vinculada ao NEPEM/UNIFIMES e à Linha de Pesquisa Educação e Instituições Políticas Educacionais do Mestrado em Educação da UNIMAIS.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 UNIMAIShttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/273Políticas de Inclusão para Alunos com Transtorno do Espectro Autista nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental em Trombas - GO2025-05-30T13:35:33-07:00Eliney Pereira Soutoelineysouto@aluno.facmais.edu.brElianda Figueiredo Arantes Tiballielianda@facmais.edu.br<p>A inclusão de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nas séries iniciais do Ensino Fundamental ainda enfrenta importantes desafios no contexto educacional brasileiro, especialmente em municípios de pequeno porte. Este estudo tem como objetivo analisar as políticas públicas de inclusão direcionadas a esses alunos no município de Trombas - GO, investigando como essas políticas têm sido aplicadas e quais impactos provocam no processo de ensino e aprendizagem. Para alcançar esse objetivo, a pesquisa adotou uma abordagem documental, com análise de legislações nacionais e locais, como a Constituição Federal, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), a Lei Brasileira de Inclusão, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o Plano Nacional de Educação, além de documentos regionais referentes à educação inclusiva. O estudo também realizou uma revisão de literatura na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), utilizando descritores como “educação inclusiva”, “educação especial”, “TEA” e “anos iniciais”. A seleção abrangeu publicações entre 1996 e 2023, com ênfase nos trabalhos que tratam diretamente do atendimento pedagógico a alunos com Transtorno do Espectro Autista nos anos iniciais. Foram identificados 24 trabalhos, dos quais apenas quatro dialogavam diretamente com o tema da pesquisa. Esses estudos forneceram subsídios teóricos sobre práticas pedagógicas inclusivas, adaptação curricular e desafios enfrentados pelos professores. Os resultados indicam que, apesar da existência de diretrizes nacionais, ainda há lacunas significativas na formação continuada dos professores, na estrutura física das escolas e na disponibilização de recursos pedagógicos adaptados. A ausência de políticas locais mais eficazes também dificulta a consolidação de práticas inclusivas que contemplem a diversidade e respeitem as especificidades dos alunos com TEA. Constatou-se que a efetividade da inclusão depende não apenas do cumprimento das leis, mas da articulação entre gestores, professores e comunidade escolar na construção de um ambiente educacional academicamente qualificado e com competência pedagógica para garantir a escolarização de todos os alunos em um espaço educativo acolhedor e acessível. O estudo conclui que investir em formação docente, em estratégias pedagógicas diferenciadas e em políticas educacionais contextualizadas é fundamental para assegurar o direito à educação de qualidade para todos os estudantes.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 UNIMAIShttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/274Transgeneridade masculina e educação – uma revisão de literatura à luz dos estudos de gênero2025-05-30T14:02:45-07:00Fernando Schoenberger Machadofernandoschoenberger@aluno.facmais.edu.brDostoiewski Mariatt de Oliveira Champangnattedostoiewski@facmais.edu.br<p>O presente estudo apresenta uma revisão de literatura evidenciando as principais temáticas utilizadas nas pesquisas sobre a transgeneridade masculina e a educação, apontando a escassa quantidade de estudos relacionados ao tema sobre alunos, professores e colaboradores transexuais masculinos na educação básica e educação superior, bem como aponta possíveis práticas de apoio e inclusão social que possam contribuir para que tais pessoas se sintam pertencentes, respeitados e seguros no ambiente escolar. Como objetivo da pesquisa é proposto um diálogo entre as temáticas mais encontradas e as perspectivas de pesquisadores contemporâneos como Judith Butler e Berenice Bento. Será utilizado o método do materialismo histórico-dialético, qualitativo, de natureza básica, apresentado a partir de revisão bibliográfica na Biblioteca de Teses e Dissertações da Capes, artigos científicos, livros e trabalhos publicados em congressos. A partir de estudos já pesquisados e analisados, pode-se afirmar que a falta de conhecimento e o despreparo profissional acerca do tema da transexualidade, bem como o preconceito, a violação de direitos humanos direta e indiretamente, a violência física, verbal e psicológica, os estereótipos causados por uma sociedade intolerante e heteronormativa compulsória transformam a escola em um ambiente excludente, incapaz de tratar o/a transexual como um/a aluno/a comum. Nesse sentido, o papel da escola está sendo feito ao contrário, pois, a instituição escolar que deveria receber o aluno transexual e prepará-lo para o mundo do trabalho lhe causa desconforto, constrangimento e, de forma velada, a própria exclusão de alunos/as transgêneros no ambiente escolar.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 UNIMAIShttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/275AS CORES DA INFÂNCIA: relações étnico-raciais em uma escola de Taiobeiras-MG2025-05-30T14:08:05-07:00Grasiela Ramos de Oliveira2024m0266@uesb.edu.brBenedito Gonçalves Eugêniobenedito.eugenio@uesb.edu.br<p>A presente pesquisa tem como objetivo geral compreender como se constroem as relações étnico-raciais por meio das interações entre crianças de uma turma de educação infantil em uma escola pública no município de Taiobeiras-MG. A abordagem adotada será qualitativa, utilizando-se os pressupostos da pesquisa etnográfica. Como instrumentos de coleta de dados, serão empregadas a observação participante e o diário de campo. Espera-se que os resultados obtidos respondam às questões propostas, além de contribuírem com uma nova perspectiva científica acerca das relações étnico-raciais na educação infantil.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 UNIMAIShttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/276Corpo Quebranto: o imaginário das rezadeiras como construção de abordagens artístico-pedagógicas no teatro2025-05-30T14:57:36-07:00Iuri Nascimento Souzaiuresouza23@hotmail.comMarise de Santananabaia1960@gmail.com<p>Com delicadeza, sabedoria e sensibilidade, esta pesquisa se encontra em andamento e se lança na trilha das rezas de cura, com seus saberes étnicos ancestrais enraizadas nas práticas místicas presentes nas memórias e histórias dessas rezadeiras na cidade de Ipiaú (Ba) e desabrocha servindo como inspiração para as práticas artísticas no curso de licenciatura em teatro na cidade de Jequié-Ba. Aqui, a tradição ancestral pulsa na identidade étnica dos antigos, entrelaçada ao rito que se desenha na tessitura do encontro, quando o sagrado se insinua na palavra, na fé e no gesto e ganha espaço na cena. Para sulear a pesquisa, temos o seguinte questionamento: De qual maneira os conhecimentos étnicos-ancestrais de rezadeiras pode contribuir para meu trabalho pedagógico nas práticas cênicas? Para isto, no ensejo para encontrar respostas, me firmo no objetivo investigar estes conhecimentos produzidos, e a proposta se inscreve no campo de investigações descolonizadoras, em que o corpo, a palavra e o rito se articulam nas dimensões, no campo das cosmopercepções da formação estética, ética, política e artística dos (as) sujeitos (as). Neste caminho a gente não segue só, o trabalho está fundamentado Martins (2021), Oliveira (2005), Ribeiro (2022), Rufino (2019, 2021, 2023), entre outros. A encruzilhada metodológica empregam-se procedimentos de maneira que permite o amplo e detalhado conhecimento sobre a cultura das rezadeiras e as oficinas que forma mediadas. Logo, a pesquisa se configura enquanto qualitativa, através da ótica etnográfica na qual desenvolvo um papel ativo em toda a investigação, compreendendo os fenômenos em seu contexto natural. Na análise dos dados observados, percebemos que os conhecimentos étnicos-ancestrais de cura que se fazem presente nessas senhoras vem de diferentes culturas e religiões, afro-brasileira, indígena e portuguesa, todas marcadas pelo sincretismo. Também foi observado que as práticas utilizadas em sua maioria não vieram de gerações anteriores, mas de sonhos ou seres espirituais encantados. No campo do teatro nas práticas nas investigações tais conhecimentos oferecem vasto potencial para enriquecer as práticas cênicas, ao convocarem memórias coletivas, corporalidades e modos de expressão profundamente enraizados nas vivências populares.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 UNIMAIShttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/277CORPOS (IN)SUBMISSOS: Relações Étnicas e Sexualidades Dissidentes em narrativas Docentes e Discentes2025-05-30T15:01:37-07:00Gilvania Oliveira Ferreiragilvania.o.f@gmail.comAroldo Santos Fernandes Júniorasfjunior@uesb.edu.br<p>A presente pesquisa tem como finalidade investigar de que forma o corpo, as relações étnicas e as sexualidades dissidentes são compreendidas no âmbito escolar a partir de narrativas docentes e discentes. Busca-se analisar a escola enquanto instituição social e política, todavia, entendendo-a e reconhecendo-a também como espaço de normatizações e disputas simbólicas, que são refletidas sobre os sujeitos que se desviam dos padrões chisheteronormativos impostos por uma cultura hegemônica, eurocentrada e discriminatória. Esses corpos considerados dissidentes por sua orientação sexual e ou pelo pertencimento étnico-racial são marcados pelo silenciamento, controle e exclusão apoiado pelas relações de poder. Portanto objetiva-se investigar como a escola pode atuar como um espaço que ressignifique as lógicas de poder, as desigualdades raciais e as discriminações sofridas por estudantes LGBTTQIAPN+, identificando desafios e possibilidades na promoção de uma educação comprometida com as relações étnicas, a diversidade sexual e de gênero. A construção metodológica para compreensão do que se propõe, será realizada a partir de uma pesquisa bibliográfica, por meio da revisão de literatura, no intuito de estabelecer a base de sustentação da pesquisa e dialogar com autor (es) (as) e suas contribuições teóricas, a saber: Najmanovich (2001), Greiner (2005), Louro (2000), Foucault (1987,1988), Butler (2000, 2003, 2019), dentre outros autores que porventura auxiliem no objetivo de compreender as categorias: corpo, relações étnicas, sexualidades dissidentes e educação e suas intersecções nas experiências escolares. Na continuidade, outras ferramentas como a pesquisa de campo, as entrevistas semiestruturadas, observação participante e diário de campo também serão utilizadas. Os resultados da pesquisa demonstram que ao problematizar sobre discursos que regulam os corpos de maneira normatizada e chisheteronormativa, a escola pode também, acolher as diferenças pensando na promoção de possíveis emancipações.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 UNIMAIShttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/278Cultura alimentar e educação popular: partilhas de mulheres ciganas na EJA2025-05-30T15:03:59-07:00Yêda Danniely Quintiliano Almeidayeda13@hotmail.comCarolina Lorena Coelhocarolina.lorena1@estudante.ifgoiano.edu.brEverton Luiz Simonevertonsimon@gmail.com<p>O presente trabalho, resulta de pesquisa em andamento e investiga a partilha de saberes relacionados às práticas alimentares entre mulheres ciganas da comunidade de Caldas Novas (GO), a partir de uma abordagem fundamentada na Educação Popular. Desenvolvida no âmbito da Educação de Jovens e Adultos (EJA), pretende-se analisar como os saberes alimentares são compartilhados entre mulheres ciganas, destacando suas contribuições para uma educação comprometida com a diversidade e a equidade. A metodologia adotada é qualitativa e utilizou como principais instrumentos as escritas narrativas produzidas em cadernos individuais durante atividades pedagógicas com temas geradores como “memórias da comida”, “ser mulher cigana”, “cotidiano da minha família” e “pratos tradicionais”. A análise, em andamento, está sendo conduzida com base na Análise Textual Discursiva (ATD), articulando os textos produzidos com os referenciais teóricos de Paulo Freire, Brandão, Bosi e Poulain. Participaram 27 mulheres ciganas, com idades entre 20 e 74 anos, pertencentes a diferentes núcleos familiares da comunidade. Para preservar suas identidades, os nomes foram substituídos por codinomes inspirados em flores, como Rosa, Cravo e Lírio, remetendo à força, à beleza e à diversidade feminina presentes nas narrativas. As participantes se autodeclararam como pardas (14), negras (9) e brancas (4), evidenciando a pluralidade étnico-racial da comunidade e desafiando estereótipos homogeneizantes comumente atribuídos aos povos ciganos. Essa diversidade também se manifesta nos relatos de vida, nas práticas alimentares e nos modos de viver e resistir coletivamente. Os resultados preliminares indicam que as práticas alimentares estão imersas em uma complexa rede de significados afetivos, espirituais e identitários. Alimentos como o chai, o arroz com pequi, o pão cigano e as sopas de ervas são recorrentes nas narrativas e revelam tanto saberes ancestrais quanto estratégias cotidianas de solidariedade. Os relatos vinculam o preparo dos alimentos à memória familiar, à fé – com destaque para Santa Sara – e a rituais religiosos, além de associarem essas práticas à resistência frente à pobreza, ao racismo e à exclusão social. As mulheres se mostram como educadoras, cuidadoras e detentoras de um saber que resiste à invisibilização escolar. Conclui-se que a valorização desses saberes na escola contribui para a efetivação das políticas de Educação das Relações Étnico-Raciais (ERER), promovendo práticas pedagógicas que reconhecem e afirmam a diversidade como eixo estruturante da escola. Reconhecer a cozinha enquanto espaço educativo e cultural é também reconhecer a mulher cigana como sujeito político de saberes, desafiando os limites impostos pela invisibilidade histórica e pelo preconceito.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 UNIMAIShttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/279DIA DA FAMÍLIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA - Ação de tolerância ou de inclusão das famílias homoparentais?2025-05-30T15:07:44-07:00Élida Tavares Da Silva Escorcioelidaescorcio@gmail.com<p>Este estudo explora a inclusão das famílias homoparentais no ambiente educacional, fundamentada nos princípios dos Direitos Humanos (DH) e na prática da diversidade como alicerces para um futuro mais justo e inclusivo. Analisa o papel da escola, historicamente reprodutora de normas heteronormativas, mas com potencial transformador, e propõe práticas pedagógicas adaptadas, como a reformulação do Dia da Família, para acolher todas as configurações familiares. A pesquisa também destaca o uso de livros infantojuvenis com temas fraturantes como ferramentas de formação continuada para docentes, visando capacitá-los a lidar com a diversidade familiar e promover um ambiente inclusivo. Ao revisitar teóricos comoBobbio, Candau, Foucault e Martins, este estudo discute a evolução dos DH e a necessidade de políticas públicas que incentivem a formação docente contínua, combatendo a invisibilidade e a opressão. A abordagem da sobreculturalidade, segundo Valério, surge como uma via para equalizar as interseções culturais e socioeconômicas, promovendo um olhar inclusivo sobre a diversidade familiar e combatendo a homofobia no ambiente escolar.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 UNIMAIShttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/280Educação Antirracista e Educação Integral em Tempo Integral: um currículo para a diversidade no NEABI de Itiruçu/BA2025-05-30T15:12:23-07:00Gilvânia Oliveira da Pureza Santosgilvania.pureza.gl@gmail.comDaniel Valério Martinsgilvania.pureza.gl@gmail.comGeane Oliveira das Graçasgilvania.pureza.gl@gmail.com<p>Esse trabalho pretende refletir sobre a relação de Educação Antirracista com a concepção da Educação integral em Tempo Integral, sobretudo interessando pensar o currículo para a diversidade étnico-racial, a sobreculturalidade, interculturalidade, como trilhas de ensino e aprendizagem. Faremos um recorte a partir da atuação do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiro e Indígena de Itiruçu/BA (NEABI), como Território Educativo, para discorrer sobre a temática, tomamos como base as atividades desenvolvidas a partir da Matriz Curricular da Rede de Ensino de Itiruçu/BA, no que diz respeito a parte Diversificada com os componentes Expressões Artísticas e História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena (HACABI), onde são desenvolvidas quatro modalidades de Experivivência: Corporeidade e Capoeira, Artes Manuais, Multiculturalismo e Experivivência Memória e Saberes Ancestrais. Essa escrita leva em consideração aspectos sociais, das relações étnico-raciais, culturais e emocionais, saberes populares, da memória e histórias tradicionais que cada estudante imprime através de suas identidades e narrativas, constituídas através de um currículo transversalizado e diversificado. No contexto atual, é importante refletir também sobre o que se tem denominado por “Educação Integral”, no contexto da Educação antirracista, levando em consideração a lógica de que uma não se constitui e consolida sem a outra. Tendo em vista a urgência e emergência da superação e combate aos racismos que impedem estudantes em todo o Brasil de acessarem os direitos educacionais, emancipatórios para a apropriação e empoderamento das aprendizagens em sua integralidade, através da concepção da Educação Integral em Tempo Integral instituída através da Lei 14.640/23 e considerando a importância do fomento de ações afirmativas dispostas nas Leis 10.639/03 e 11.645/08, ofertada no cotidiano da Rede de Ensino de Itiruçu/BA, acenamos positivamente para o NEABI, como elemento percursor na realização de caminhos outros, para que os direitos humanos, culturais, educacionais e equânimes sejam efetivados, através das ações pedagógicas e das metodologias decoloniais e antirracistas, que utilizam alguns teóricos como Nilma Lino Gomes, Daniel Valério Martins, Marise de Santana, José Valdir Jesus de Santana, Vera Maria Candau, Kabengele Munanga e Jaqueline Moll.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 UNIMAIShttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/281Escrevivências Da Infância Negra: Processos Subjetivos De Existência E Re-Existência Na Contemporaneidade2025-05-30T15:20:18-07:00Cecília Maria Vieiracecilia.569@gmail.com<p>A pesquisa Escrevivências da infância negra: processos subjetivos de existência e re-existência na contemporaneidade constitui-se como um importante subsídio para a discussão das relações raciais nos ambientes escolares, o direito das crianças de expressar e serem ouvidas, bem como a problematização acerca da efetivação da Educação para as Relações Étnico-Raciais (ERER), com foco no enfrentamento de práticas pedagógicas que se distanciam da homogeneidade e do racismo. O objetivo geral foi investigar a subjetividade da infância negra e seus processos de existência e re-existência na contemporaneidade. A partir das definições de especialistas como Ale Santos (2019), bell hooks (2021), Bianca Santana (2015, 2022), Maria Aparecida Silva Bento (2022), Clovis Moura (2020), Helio Santos (2022), Fabiane Albuquerque (2022, 2024), Nilma Lino Gomes (2023), Nego Bispo (2018), Sueli Carneiro (2023), tem-se uma proposta de interpretação dos conceitos de resistência e re-existência vistos como processos que podem ser tanto individuais quanto coletivos, manifestando-se de formas silenciosas ou audíveis com demandas e especificidades do seu próprio tempo e que, portanto, podem nos educar e reeducar. As contribuições para a compreensão do tema são o resultado de diálogos com teóricos e pesquisadoras(es), em sua maioria negras(os), dentre elas(es): Anete Abramowicz e Valter Roberto Silvério (2005), Maria Aparecida Silva Bento (2011, 2012a, 2012b, 2014, 2022), Eliane Cavalleiro (2001, 2013), Frantz Fanon (1983), Iray Carone e Maria Aparecida Silva Bento (2002, 1995), Kabengele Munanga (1999, 2004, 2005), Lelia Gonzalez (1984), Lia Vainer Schucman (2006, 2014a, 2014b, 2018, 2023), Maria Aparecida Silva Bento, Marly de Jesus Silveira e Simone Gibran Nogueira (2014), Renato Noguera (2020), Rita de Cássia Fazzi (2006), Fúlvia Rosemberg (1987) e Gislene Aparecida Santos (2009). Com a metáfora do conceito de “escrevivência”, proposta por Conceição Evaristo (2018, 2020a, 2020b), estabeleceu-se um diálogo a respeito da infância da pesquisadora e escrevivência, que, numa ousadia transgressora e insurgente, escreve a tese na primeira pessoa. O estudo adota uma abordagem qualitativa e bibliográfica, integrando a escrevivência como um referencial metodológico que vincula a trajetória acadêmica da pesquisadora às suas recordações da infância e da vida adulta, assim como às escrevivências das crianças numa escola quilombola, localizada na Região Metropolitana de Goiânia (RMG). Conclui-se com a importância de se promover uma pedagogia da implicância com as crianças, por meio da literatura infantil, enxergando-a como uma abordagem metodológica eficaz na efetivação da legislação ERER. Os achados revelam tanto os desafios enfrentados quanto às possibilidades que emergiram ao longo do processo. Além disso, o relato da escrevivência na elaboração desta tese se configura como um profundo processo de existência e re-existência em resposta ao racismo estrutural presente no espaço acadêmico.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 UNIMAIShttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/282Escritas de si e sobre o (auto) amor : narrativas (auto)biográficas de mulheres negras atuantes na feira do Joaquim Romão, em Jequié-BA2025-05-30T15:23:09-07:00Larisse Oliveira Araújo Oliveira Araújolarisseoaraujo@gmail.comAna Cláudia Lemos Pachecoalemos@uneb.br<p>A Feira Livre do bairro Joaquim Romão, em Jequié-BA, configura-se como um espaço de múltiplas interações sociais, no qual se inscrevem as vivências de mulheres negras frequentemente invisibilizadas e socialmente marginalizadas. Este estudo tem como objetivo analisar as narrativas (auto)biográficas de mulheres negras atuantes nesse espaço, compreendendo como o (auto)amor se manifesta como prática de liberdade e resistência diante dos atravessamentos interseccionais de raça, gênero, classe, geração e sexualidade. A pesquisa adota uma abordagem qualitativa, tendo como cenário a própria feira, e utiliza como instrumentos metodológicos a observação participante, o diário de bordo e entrevistas abertas com 4 a 5 mulheres negras feirantes para registrar suas narrativas autobiográficas. A análise dos dados será feita à luz da escrevivência, proposta por Conceição Evaristo, considerando as narrativas como expressões de subjetividades e estratégias de resistência e (re)existência. A fundamentação teórica se ancora nos estudos do feminismo negro e da interseccionalidade, em especial nas contribuições de bell hooks, Lélia Gonzalez, Beatriz Nascimento, Patrícia Hill Collins, entre outras intelectuais negras. O estudo também se insere em uma perspectiva decolonial e contra-colonial, valorizando a escuta ativa e a autodefinição das participantes como caminhos para a construção de saberes. Os resultados esperados buscam a visibilidade das experiências dessas mulheres, o reconhecimento da feira como espaço político e formador de identidades, além da promoção de reflexões sobre o autoamor como prática emancipatória. Espera-se que a pesquisa contribua com o fortalecimento de redes comunitárias e incentive novas práticas de valorização das epistemologias negras e periféricas, estreitando os laços entre universidade e comunidade. Assim, ao centrar as vozes dessas mulheres, a pesquisa reafirma a potência das narrativas de si como formas legítimas de produção de saberes e de transformação social.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 UNIMAIShttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/283Festival das Artes, ancestralidades em movimento: práticas artístico-pedagógicas para uma educação antirracista2025-05-30T15:30:27-07:00Ana Carolina Fialho de Abreuana659@gmail.com<p>O resumo tece considerações sobre as práticas artístico-pedagógicas que fizeram parte da programação das edições do Festival das Artes: ancestralidades em movimento (2023 e 2024), na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). O Festival acontece ao longo da Semana de Educação da Pertença Afro-Brasileira, que completou no ano passado a sua 20ª edição. A Semana de Educação da Pertença Afro-Brasileira e o Festival das Artes têm como objetivo discutir perspectivas epistemológicas que subvertem a lógica colonial e possibilitam a construção de currículos, práticas educacionais e artísticas antirracistas (Cavalleiro, 2001). Com uma programação composta por palestras, mesas, conferências, minicursos e grupos de trabalho, o evento vem também se consolidando como um espaço de apresentações artísticas, de oficinas de teatro, dança e de pesquisa e crítica nas Artes. Na sua primeira edição, o Festival teve na sua programação o espetáculo de dança Dá o Passo que visa explorar a figura de Exu através do movimento, oferecendo uma visão mais ampla e inclusiva do Orixá. Sobre as oficinas foram oferecidas as de Dança-Afro; de Hip-Hop e de Tranças, Turbantes e Teatro. A professora de dança Vânia de Oliveira apresentou a performance: Ritual, eu rainha – mulher negra e a atriz Isis Ferreira apresentou para as crianças a contação de história: Baú de Taú. A mesa Artes e Etnicidades, contou com a participação da professora de teatro Eliana Pataxó, do professor de dança Leonardo Chagas e a mediação do professor de teatro Francisco André. A oficina Teatro e Povos Indígenas e a contação de história Brasilianinho: a história de Acauã, foi apresentada para as crianças do Centro Educacional Leur Lomanto de Itaibó/BA que apresentaram o espetáculo O Nome do Vento. Em 2024, o evento contou com a presença do Teatro da Pedra de Minas Gerais, que além de apresentar o espetáculo Okán (coração em Iorubá), mediou oficina de cantos africanos e lançou os livros do grupo. Nesta edição, também participaram a professora de teatro Geisa Pena Tupinambá, a cineasta cubana Aída Bueno Sarduy, a professora de dança Leda Maria Ornelas, o músico Alexandre Cores Sagradas e a professora de teatro Maria de Sousa. Conclui-se que o Festival das Artes vem reunindo pesquisadoras/es, estudantes, docentes, artistas de âmbito nacional e internacional e pessoas interessadas nas discussões sobre educação, relações étnicas e relações raciais. Trata-se de um evento que vem produzindo e difundindo os conhecimentos contracoloniais (Bispo, 2023) produzidos dentro e fora das universidades.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 UNIMAIShttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/284Movimentos da identidade étnico-racial nos discursos e práticas infantis em uma instituição de Educação Infantil em Brumado-Bahia2025-05-30T15:33:33-07:00Paula Maria da Silva Chaveschavespaulamaria@gmail.com<p>Este estudo é parte de uma pesquisa de mestrado em andamento, tem como objetivo descrever como as crianças negras constroem e expressam sua identidade étnico-racial no cotidiano da Educação Infantil, a partir dos discursos e práticas que emergem das interações/relações que as crianças constroem, numa instituição escolar no Município de Brumado-Bahia. A identidade étnica- racial é constituída desde dos primeiros anos de vida e, nesse processo, a instituição escolar ocupa um papel importante, posto que é um espaço sociocultural em que a criança compartilha inúmeras experiências. Entretanto, o espaço escolar pode ser um lugar de reconhecimento e valorização das identidades das crianças ou espaço de reprodução de estigmas e exclusões que são, também, percebidos pelas crianças. Dessa forma, é fundamental dar visibilidade às crianças e a seus pontos de vista, no que concerne às relações étnico-raciais por elas vivenciadas, o que implica em considerá-las sujeitos produtores e cultura e de sentidos sobre si, o outro e o mundo, como tem sido defendido pela Sociologia da Infância e pela Antropologia da Criança. O estudo se fundamenta em referenciais teóricos que discutem acerca da identidade étnica e a contribuição da escola para este processo, a luz de Hall (2006); Cavalleiro (2012; 2024); Fazzi (2006); Abramowicz (2011); Gomes (2017), entre outros. A pesquisa possui abordagem qualitativa, com inspiração etnográfica, e foi realizada em uma turma de educação infantil de uma escola pública no município de Brumado-BA, a partir da técnica da observação participante. Durante o processo, utilizou-se da técnica do uso de bonecas brancas e negras, inseridas em suas brincadeiras no intervalo escolar; contação de histórias e desenhos para observar como as crianças expressam percepções sobre si e suas características físicas. Além disso, registros ocorreram por meio de anotações em diário de campo, respeitando os princípios éticos da pesquisa com crianças, com foco na valorização de suas expressões, gestos, falas e escolhas. Os resultados encontrados apontam que a maioria das crianças se autodefinem a partir da percepção visual, ou seja, dos traços fenotípicos, e para isso se utilizam de termos como “marrom” ou “cor de pele”; nas brincadeiras elogiam as bonecas brancas, associadas ao ideal de beleza imposto pela branquitude, o que evidencia impactos na construção de identidade e nas escolhas infantis.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 UNIMAIShttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/286A Teoria Histórico-Cultural de Vygotsky comofundamento para uma educação transformadora nascomunidades ciganas2025-05-30T15:38:08-07:00Carolina Lorena Coelhocarolina.lorena1@estudante.ifgoiano.edu.brYêda Danniely Quintiliano Almeidayeda13@hotmail.comDaniel Valério Martinsjjfadelino@hotmail.com<p>Entende-se que no contexto das comunidades ciganas a abordagem da TeoriaHistórico-Cultural de Vygotsky é pertinente para compreender os processos de aprendizagemem comunidades tradicionais, como as comunidades ciganas, onde os vínculos sociais e ossaberes culturais desempenham um papel importante na formação da identidade. O presenteestudo tem como objetivo geral analisar como os princípios da Teoria Histórico-Cultural podemser aplicados à construção de uma educação transformadora que promova, de forma integrada,o desenvolvimento cognitivo e social de crianças e jovens pertencentes às comunidadesciganas. Este estudo é justificado pela necessidade na urgência de se reconhecer e integrar asculturas ciganas no ambiente escolar, diante de um histórico de invisibilidade, discriminação eexclusão educacional. A relevância do estudo está em sua contribuição teórica e social para ocampo da educação intercultural, propondo práticas pedagógicas que respeitem a diversidadeétnico-cultural e promovam a inclusão. Se trata de uma pesquisa qualitativa, sendo utilizada apesquisa bibliográfica como principal procedimento metodológico para a pesquisa,fundamentada em autores clássicos como Vygotsky e Freire, além de produções acadêmicassobre cultura cigana, educação inclusiva e diversidade. Diante da análise dos fundamentos daTeoria Histórico-Cultural de Vygotsky e dos princípios da educação transformadora, conclui-seque a educação deve ser um processo que reconhece e valoriza as culturas dos alunos,incorporando-as no processo de ensino-aprendizagem. No caso das comunidades ciganas,historicamente marginalizadas e invisibilizadas nas políticas públicas, reconhecer e incorporarseus saberes, valores e tradições ao contexto escolar não apenas fortalece a identidadecultural dos estudantes, mas também contribui significativamente para seu desenvolvimentocognitivo e social. Tais práticas ajudam a integrar os alunos a um ambiente multicultural, ondeas trocas culturais são vistas como fontes de enriquecimento para todos. A TeoriaHistórico-Cultural, nesse contexto, surge como referencial consistente para fundamentarpráticas pedagógicas que promovam equidade, pertencimento e transformação social.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Mais - Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/285O ensino das artes na formação das identificações étnicas, de gênero e sexual: práticas pedagógicas de um colégio quilombola2025-05-30T15:36:37-07:00Thiago Santos de Jesuslee_thiago@hotmail.comNúbia Regina Moreiranubia.moreira@uesb.edu.br<p>O projeto intitulado “O Ensino das Artes na Formação das Identificações Étnicas, de Gênero e Sexual: Práticas Pedagógicas de um Colégio Quilombola”, desenvolvido por Thiago Santos de Jesus, propõe uma investigação sobre o papel do ensino de Artes na construção e fortalecimento das identidades étnicas, de gênero e sexual entre estudantes do Colégio Estadual Doutor Milton Santos, localizado na comunidade quilombola urbana do Barro Preto, no município de Jequié-BA. A pesquisa parte de uma abordagem etnográfica e qualitativa, visando compreender como as práticas pedagógicas artísticas, por meio de oficinas de artes, dando foco ao teatro, utilizando técnicas de teatro de grupo e das obras dos autores e diretores teatrais Viola Spolin (2007) e Augusto Boal (2002), podem atuar na valorização da diversidade e no enfrentamento às normas cisheteropatriarcais presentes no contexto escolar. A proposta está inserida na Linha de Pesquisa 2 - Etnias, Gênero e Diversidade Sexual, do Programa de Pós-Graduação em Relações Étnicas e Contemporaneidade da UESB. A escolha do colégio se dá a partir de experiências pessoais e profissionais do pesquisador e artista, que já atuou no local, anteriormente, como oficineiro de teatro nas programações escolares do dia da consciência negra, onde o mesmo ainda possui vínculos afetivos com a escola e a comunidade. O projeto emerge de inquietações frente à ausência de práticas escolares que valorizem as raízes culturais quilombolas e respeitem a diversidade de seus estudantes. Observa-se que, apesar do reconhecimento oficial como escola quilombola, a instituição ainda reproduz práticas curriculares normativas, muitas vezes distanciadas dos saberes e vivências locais. O trabalho está fundamentado em autores como Stuart Hall (2013), Sandra Petit (2015) entre outros. O objetivo é analisar como o ensino das artes promove o reconhecimento e a mobilização das identificações étnicas, de gênero e sexual entre estudantes quilombolas, contribuindo para a valorização da diversidade e o fortalecimento das subjetividades. Enquanto metodologia a pesquisa será desenvolvida com base na etnografia, utilizando: Oficinas artísticas (dança afro, teatro do oprimido, dinâmicas corporais, rodas de conversa); Diários de campo para registro e reflexão das atividades e interações; Observação participante, com envolvimento direto nas atividades escolares. Enquanto resultado espera-se que esta pesquisa amplie o debate sobre práticas pedagógicas antirracistas e inclusivas, no reconhecimento das expressões culturais quilombolas como ferramentas educativas, e na sensibilização da comunidade escolar para os impactos das opressões estruturais sobre estudantes negros e LGBTQIAPN+, contribuindo para uma educação mais equitativa e transformadora.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 UNIMAIShttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/287Aprender Para Ensinar: Formação Continuada De Professores De Educação Física Na Didática Desenvolvimental2025-05-30T15:43:44-07:00Marcos Jerônimo Dias Júniormjrgoias2013@gmail.com.brRaquel Aparecida Marra da Madeira Freitasraquelmarram@gmail.com<p>Este trabalho apresenta a síntese de uma pesquisa que investigou a aprendizagem deprofessores de educação física em formação continuada. Com base na Teoria Histórico-culturale na Teoria do Ensino Desenvolvimental, objetivou-se identificar e analisar as contribuições daformação continuada orientada pela Didática Desenvolvimental para a aprendizagem edesenvolvimento dos professores de Educação Física. Metodologicamente, a pesquisa éempírica, de cunho qualitativo, e foi realizada por meio de um experimento didático formativocom docentes de Educação Física da Rede Estadual de Educação em Goiás, na cidade deAnápolis. A análise dos resultados, no contexto de contradição entre trabalho e formação,evidenciou a importância e as contribuições da Didática Desenvolvimental, bem como o modode ação geral da práxis de si para o pensamento teórico e, por fim, do saber docente dialéticopara o desenvolvimento do movimento corporal consciente de seus (suas) alunos(as).Concluímos defendendo a ideia de que, no processo de formação continuada deprofessores(as) de Educação Física, deve-se potencializar a aprendizagem e odesenvolvimento para que tenham condições teórico-práticas reais de desvelar um métodogeral de estudo e ensino mais adequado, fundamentado em saberes docentes dialéticos parauma práxis pedagógica para o desenvolvimento de si e dos seus(suas) alunos(as) no sentidoda formação do movimento corporal consciente. Assim, propõe-se um aportepedagógico-didático de formação continuada aos(às) professores(as) de Educação Físicapautado na lógica dialética, a partir da busca investigativa dos objetos dentro de um sistema deconceitos sobre a Didática Desenvolvimental, orientados para a solução de problemasdesencadeadores que expressam as contradições do processo de ensino e aprendizagem natensão entre formação e trabalho do(a) professor(a).</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Mais - Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/289Arqueogeografia, um método de análise do territóriosociocultural: o estudo de caso do Crematório deCadáveres de Perdizinhas e do Vala Comum da SantaMaria, no epicentro do massacre final da Guerra doContestado, no Sul do Brasil2025-05-30T15:49:44-07:00Nilson Cesar Fragancfraga@uel.br<p>A presente proposição tem por objetivo apresentar o Método Arqueogeográfico, produzido peloautor em mais de 30 anos de pesquisas sobre a Região da Guerra do Contestado, método quevisa avançar as análises dos estudos sobre território, para além das categorias político-jurídica,econômica, ambiental e cultural, propondo uma análise profunda do território a partir dosartefatos depositados no solo de áreas de estudos. Como exemplo, a partir da aplicação dométodo em tela, serão apresentadas análises arqueogeográficas nos sítioshistórico-geográficos do Crematório de Cadáveres de Perdizinhas e da Vala Comum da SantaMaria, no município de Lebon Régis e na divisa com Timbó Grande, ambos no estado de SantaCatarina. Para uma melhor compreensão da Guerra do Contestado, ocorrida no início doséculo XX e que foi definidora dos territórios atuais de Santa Catarina e do Paraná, há que seconsiderar que ela foi uma das maiores guerras civis do continente americano, porque ogenocídio de milhares de sertanejos-camponeses pobres foi sua basilar marca. Tal guerra é umepisódio complexo, alimentado por vários fatores que se entrelaçam, sejam de ordem social,política, econômica, cultural, ambiental, sejam de ordem religiosa. Esses elementos sãoresponsáveis pela atual formação territorial dos municípios envolvidos no conflito. A Guerra doContestado marcada pelos assassinatos em massa, pelo extermínio, pela perseguição, pelaviolação do corpo (estupros), pelo bombardeio de igrejas repletas de sertanejos-caboclos, pelocerco gerador da fome em Santa Maria, pela cremação de cadáveres para eliminação dasprovas etc., é de fato, um crime de guerra. A Guerra do Contestado, enquanto crime contra ahumanidade, pode ser entendida a partir de uma Arqueogeografia do Contestado, pois, mesmosendo um espaço muito dinâmico e, numa relação espaço-tempo de longa duração, traz noseio daquela sociedade, uma vasta gama de objetos e relíquias que demonstram e comprovamuma sociedade de longa duração desde mais de um século antes da guerra, assim como,numerosos sítios histórico-geográficos com depositário de fragmentos dos quatro anos deguerra civil, registrada por meio de trincheiras, carneiras de soldados e de caboclos, vilasqueimadas por ação de bombardeios, rotas de fuga, rota de deslocamentos militares, valascomuns com centenas de mortos, etc., além da memória regional, com suas muitasinterpretações sobre o que se viveu secularmente no espaço arqueogeográfico do Contestado.A Arqueogeografia, mesmo embrionária nos estudos geográficos brasileiros, permite analisar edecodificar as tramas sobre um dado território cultural, como no caso do Contestado, ondedepois de 25 anos de pesquisas de campo e escavações se comprovou o massacre da guerraem questão e do método aqui proposto como apresentação no CIAI 2025.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Mais - Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/288Ponto de Memória Digital ODEERE: preservação e difusão da memória institucional e suas dimensões étnica2025-05-30T15:43:44-07:00Ruan Rocha Mesquitarocharuan@live.comMarise de Santanam@gmai.comEdson Dias Ferreiraedson.dd@gmail.com<p>O Órgão de Educação e Relações Étnicas (ODEERE) e o Programa de Pós-Graduação em Relações Étnicas e Contemporaneidade (PPGREC) da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) acumulam vinte anos de produção de alto impacto acadêmico, social e cultural, focado centralmente nas relações étnicas. Contudo, sua memória institucional encontra-se pulverizada em vários espaços, alguns de difícil acesso. Essa dispersão representa uma problemática significativa, pois não apenas dificulta o acesso geral ao seu legado, mas ofusca particularmente a trajetória, a representação e o engajamento com as diversas etnicidades que são o cerne do seu trabalho acadêmico. Diante disso, esta pesquisa tem como objetivo principal investigar as etnicidades manifestas na memória do ODEERE durante o processo de construção do “Ponto de Memória Digital ODEERE”. Os objetivos específicos são: reunir materiais textuais, imagéticos e outros relevantes para esta memória; identificar as necessidades e expectativas da comunidade odeerense em relação aos conteúdos e funcionalidades da memória digital, incluindo suas percepções sobre elementos e representações étnicas; criar e validar protótipos do sistema antes de sua construção final; e, por fim, desenvolver a página eletrônica destinada a resgatar, preservar, dar visibilidade e fortalecer a memória coletiva da comunidade. A iniciativa justifica-se pela importância de assegurar o acesso facilitado e a perpetuidade do acervo histórico-intelectual, utilizando tecnologias digitais como ferramentas para a preservação cultural e o fortalecimento identitário em um contexto contemporâneo. Será adotada uma metodologia qualitativa, iniciando com um levantamento Estado da Arte para mapear informações existentes. Para compreender as necessidades comunitárias e as percepções étnicas, serão realizadas entrevistas semiestruturadas, utilizando a técnica de amostragem Bola de Neve para selecionar os participantes. A análise de conteúdo dos dados coletados (entrevistas, documentos textuais e audiovisuais) informará a definição dos requisitos funcionais e não-funcionais do sítio digital. Serão criados e validados protótipos com os participantes semente da Bola de Neve, evoluindo de baixa para alta fidelidade, antes do desenvolvimento final com tecnologias web padrão. Espera-se, como resultado, a entrega de uma plataforma digital funcional, acessível e visualmente atraente, atuando como repositório central da memória do ODEERE e promovendo sua difusão. Adicionalmente, a pesquisa busca gerar compreensões aprofundadas sobre as etnicidades presentes e representadas na memória institucional, conforme identificadas nos materiais e percebidas pela comunidade.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 UNIMAIShttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/290Colonialidade E Decolonialidade Na Literatura Infantojuvenil Sobre Migrantes2025-05-30T15:53:20-07:00Antonia de Paula Ribeiroantoniapucgo@gmail.comCláudia Valente Cavalcanteclavalente@pucgoias.edu.br<p>Objetiva-se analisar as representações de sujeitos migrantes na literatura infantojuvenil sobremigrações, relacionando-as à perspectiva de decolonialidade, a fim de verificar: se asrepresentações sociais dos migrantes apresentam elementos de colonialidade ou apresentamuma perspectiva decolonial. Os objetivos específicos se organizam como segue: a literatura e omundo social; conceitos de colonialidade, decolonialidade, poder simbólico e migrações comofato social total; e, análise das obras pela perspectiva decolonial. A pesquisa se justifica diantedo fenômeno global emergencial das migrações que se intensificaram a partir de 2010, e doBrasil como um dos países de destino de migrantes internacionais, necessitando promoverformas de acolhimento e integração para essas pessoas, incluindo-se os serviços públicos desaúde e educação. Trata-se de pesquisa bibliográfica e, como corpus de pesquisa, quatrotítulos: Para onde vamos, de J. Buitrago, Malala, a menina que queria ir para a escola, de A.Carranca, Um lençol de infinitos fios de S. Ventura, Migrantes, de I. Watanabe. As relaçõesentre literatura e contextos da realidade estão embasadas pela crítica sociológica e naconcepção quanto ao direito humano de acesso à literatura. Os conceitos de colonialidade edecolonialidade referem-se à dominação e exploração a partir do processo de colonização pelasubalternização de raças, etnias, culturas e gêneros, nas três formas: poder (poder, estrutura,cultura e sujeito), saber (sujeito, objeto e método) e ser (tempo, espaço e subjetividade), e aomovimento decolonial que objetiva desconstruir as lógicas que sustentam as bases dessepoder capitalista/moderno. Quanto ao projeto de decolonialidade, tratando-se de cultura,sujeito, subjetividade – ser e saber – há indicações que reforçam a imagem do migrante em umambiente no qual as formas sociais e culturais determinam o seu não pertencimento, mastambém formas de apoio recebido no país de destino, na integração e nas possibilidades quereforçam a sua posição de sujeito. Concluímos que as literatura, pela sua potencialidade dediálogo sobre as realidades do mundo, no tocante à condição migrante, contribui para acompreensão de uma visão social crítica quanto às representações construídas sobreidentidades, origem, cultura e que os estudos de decolonialidade como perspectiva para aanálise de textos literários reforçam a dimensão humana do sujeito e combatem as lógicasinstituídas que submeteram pessoas à condição subontológica pela desumanização. O texto serefere à Tese de doutoramento pelo PPGE PUC Goiás, financiada pela CAPES, vinculada aoGrupo de Pesquisa Direito à Educação de Migrantes Internacionais na Perspectiva de DireitosHumanos.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Mais - Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/291Relações Étnicas e Ações Afirmativas: Uma análise do sistema de cotas na UESB, campus Jequié2025-05-30T15:55:39-07:00Gabriel de Jesus das Nevesgabrieljneves@hotmail.comDanilo César Souza Pintodanilosouzap@uesb.edu.brLuiz Gustavo Santos da Silvagustavofirmina@gmail.com<p>O presente trabalho é parte de uma pesquisa de mestrado em desenvolvimento, apresentando como objetivo precípuo a análise do cenário da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, campus Jequié, após a implantação do sistema de cotas na instituição. Inicialmente, o estudo se desenvolveu através de um levantamento histórico-documental das normas que embasaram a implantação da política de cotas na UESB, notadamente, das Resoluções do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) da Universidade. Em um segundo momento, empreendeu-se uma avaliação dos dados relacionados ao número de alunos negros e negras que optaram pelo sistema de cotas na UESB, campus Jequié, no período compreendido entre os anos de 2009 e 2019, com base nos dados coletados junto à Secretaria Geral de Cursos da Universidade, dados esses compilados pelo Grupo de Trabalho de Ações Afirmativas, liderado pelo professor Dr. Danilo César do Nascimento Pinto. Os resultados obtidos denotam que, na série histórica em apreço, houve uma grande variação tanto na oferta de vagas para candidatos negros e negras optantes pelo sistema de reserva de vagas, quanto no acesso efetivo desses estudantes às vagas disponíveis, restando também evidenciada a relevância das atualizações e ajustes nas normas que regulamentam o programa para o aperfeiçoamento do sistema.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 UNIMAIShttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/292Coordenação Pedagógica nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental: desafios e possibilidades em tempos de aulas remotas2025-05-30T15:57:13-07:00Maria Goretti Quintiliano Carvalhomaria.goretti@ueg.brMayuanny Takayamã Souza e Silvamayuanny@gmail.com<p>Este estudo reflete sobre o papel do coordenador pedagógico nos anos iniciais do ensinofundamental durante o período de aulas remotas na pandemia da Covid-19, com foco nasexperiências de coordenadores de São Luís de Montes Belos, Goiás. A pesquisa, de naturezaqualitativa, utilizou revisão bibliográfica, análise documental e pesquisa de campo, aplicandoquestionários online a nove coordenadoras pedagógicas da rede municipal. Fundamentada emautores como Peres (2020), Prado (2012), Sarmento (2009) e Vasconcellos (2019), ainvestigação aborda a evolução histórica da coordenação pedagógica no Brasil, desde asupervisão escolar (Lei nº 5.692/1971) até sua consolidação como função pedagógicacolaborativa pela LDB nº 9.394/1996. O trabalho destaca a transição do supervisor escolar,focado em controle técnico-administrativo, para o coordenador pedagógico, cuja atuação visa àformação docente, inovação pedagógica e gestão democrática. Contudo, a ausência deregulamentação profissional e a sobrecarga de funções administrativas comprometem suaidentidade e eficácia. No contexto local, a Lei Municipal nº 1.862/2010 define o coordenadorcomo suporte pedagógico, mas a formação inicial, como na UEG - Câmpus Oeste, revelalacunas, com escassa abordagem da gestão escolar nas matrizes curriculares. Durante apandemia, a transição para o ensino remoto evidenciou desafios como a necessidade decapacitação tecnológica, desigualdades de acesso a recursos digitais e dificuldades deinteração com docentes e alunos. A pesquisa de campo identificou que 67% dascoordenadoras enfrentaram barreiras na familiarização com tecnologias, enquanto 78%relataram acesso a formações continuadas oferecidas pela secretaria municipal, embora 22%não tenham participado, sugerindo disparidades na oferta. Os principais desafios incluem abaixa participação discente, limitações tecnológicas dos professores e o acúmulo de funções,enquanto aspectos positivos abrangem a percepção de avanços na aprendizagem e apromoção de práticas inovadoras. Conclui-se que o coordenador pedagógico é essencial comoarticulador e formador, mas sua atuação exige reformulações na formação inicial e continuada,além de políticas públicas que delimitem suas atribuições e garantam condições adequadas. Oestudo reforça a necessidade de investimentos em infraestrutura tecnológica e capacitaçãopara enfrentar os desafios do ensino remoto, promovendo uma gestão escolar mais inclusiva eeficaz, alinhada às demandas contemporâneas da educação básica.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/294Cotidiano No Brasil Nos Chamados “Anos De Chumbo” Daqueles 21 Anos Da Ditadura Militar2025-05-30T16:14:23-07:00Meire Nunes Vianameireviana@usal.esDaniel Valério Martinsdaniel@gmail.com<p>Ao capturar o cotidiano a arte nos possibilita, segundo Georg Lukács, encontrar formas deexpressão do movimento dos conflitos encontrados no contato com a realidade. Neste estudobuscaremos nos aproximar das condições nas quais Caetano Veloso captura o cotidiano doschamados “anos de chumbo” da ditadura militar vivenciados no Brasil no período de 1964 a1985, embora com desdobramentos antes e após esse período registrado na história brasileira,traduzindo-os através da arte musical, com a produção de suas canções, convertendo-se emum dos líderes do “Movimento Tropicalismo”. Este movimento cultural representou uma ideia derevolucionar as diversas manifestações culturais em busca de maior liberdade de expressão ejustamente de ruir com as formas de protestos tradicionais: buscando esquivar a censura,usando as canções com ritmo e letras claramente críticas, além de fazê-lo por meio devestimentas e performance de encenário. Além disso o Movimento Tropicalismo ou Tropicália,como também foi nomeado por alguns, promove grandes alterações na estética musicalmisturando novos instrumentos como a guitarra e produzindo formas de expressões linguísticasoriginais. Vale ressaltar que o artista, sendo brasileiro, juntamente com os companheiros domovimento, vivenciam momentos de enfrentamento no cotidiano de suas vidas, que não seesquivam dos desafios emocionais provocados pela repressão política. Por meio delevantamento de documentários, artigos científicos, dissertações de mestrado e teses dedoutorado abordando esta temática, optou-se numa primeira etapa do estudo efetuaraproximações sobre o conceito de cotidiano, a partir das considerações da Escola deBudapeste, e os textos de algumas das canções do artista, visando conferir as bases para aedificação das canções. Com o desenvolvimento dos estudos se pretende alcançar respostas ecaminhos que apontem a arte, enquanto atividade social e histórica, como ferramenta para odesenvolvimento psíquico e a formação humana.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Mais - Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/293Eduarda de Oliveira Leite2025-05-30T16:07:15-07:00Eduarda de Oliveira Leiteeduarda@gmail.comIsabella da Silva Moraismoraisisabella022029@gmail.comValdilene Elisa da Silvavaldilene@gmail.com<p>Nosso estudo está voltado para estudantes do 6º e 7º ano do Ensino Fundamental, da Escola Estadual Antônio Augusto do Carmo, na cidade de Inhumas - GO. Temos como objetivo promover a vivência prática e interativa dos alunos com as manifestações culturais brasileiras e a valorização da cultura local para promover a identidade e o senso de pertencimento dos alunos, trabalhando de maneira interdisciplinar. O desenvolvimento do nosso planejamento consistiu na criação de atividades, estruturadas na cultura do nosso país e estado — música, dança, paisagens, artesanato e culinária, tendo como ideia principal integrar conteúdos curriculares com a valorização da nossa cultura. A metodologia adotada enfatiza o trabalho colaborativo, a criatividade e a comunicação, promovendo competências previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), especialmente nos eixos da expressão cultural, da oralidade e da cooperação. Teoricamente, a proposta fundamenta-se na concepção do brincar como um ato cultural capaz de construir significados sociais, contribuindo para o reconhecimento e valorização das matrizes culturais locais. A experiência busca, portanto, integrar conhecimento, ludicidade e pertencimento cultural no contexto escolar conectando com o ensino da língua inglesa. Obtemos como resultado uma participação ativa dos alunos durante os momentos de execução do projeto, além disso eles se mostraram interessados em se envolver melhor com a cultura do país e teceram comentários a respeito de suas próprias visões e contatos com determinada cultura. Realizamos, para mais, uma produção final com os estudantes, em que eles criaram de modo artístico um cartaz sobre a cultura, evidenciando o resultado positivo que tivemos com o estudo.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 UNIMAIShttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/295Da Universidade Medieval à Educação Contemporânea:Modelos e Transformações no Ensino Superior2025-05-30T16:18:03-07:00Giancarlo Mosergiancarlo@gmail.comTiago Henrique Almino Franciscotiagofrancisco@gmail.comRosa Beatriz Madruga Pinheirorosapinheiro@gmail.com<p>O artigo examina a evolução dos modelos educacionais no ensino superior e sua influência naestrutura acadêmica e administrativa das universidades. São analisados os modelosHumboldtiano, Napoleônico e Britânico, destacando suas origens, características e impacto nosistema educacional brasileiro. A pesquisa adota uma abordagem histórica e comparativa, combase em fontes bibliográficas, para identificar a influência desses modelos na organização dasinstituições universitárias. O estudo apresenta os principais aspectos estruturais de cadamodelo e discute sua aplicação no contexto brasileiro, considerando transformaçõesinstitucionais e desafios contemporâneos.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Mais - Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/296Tecendo Resistências: Poéticas Decoloniais Nas Vozes De Cora Coralina E Leodegária De Jesus2025-05-30T16:22:43-07:00Marta Bonach Gomesmarthabonach@gmail.com<p>No início do século XX, Goiás presenciou o surgimento de obras literárias que, além de refletirem tendências neorromânticas, parnasianas e modernistas, desafiavam estruturas de poder consolidadas. Nesse contexto, destacam-se Cora Coralina e Leodegária de Jesus, cujas poéticas evocam memórias, resistências e críticas sociais que ressoam até hoje. Este artigo investiga como os poemas “Moinho do Tempo” e “Todas as Vidas”, de Cora Coralina, e “Ainda e Sempre”, de Leodegária de Jesus, podem ser interpretados sob a ótica decolonial, destacando suas articulações com gênero, classe e raça. Os resultados apontam que Coralina e Leodegária subvertem narrativas hegemônicas ao revalorizar saberes locais e experiências femininas, articulando resistências culturais em contextos marcados pela colonialidade. Os poemas estudados revelam como as autoras exploram memórias coletivas, práticas cotidianas e subjetividades que denunciam desigualdades e anunciam alternativas às hierarquias impostas pela modernidade. Por meio de uma leitura crítica e comparativa, evidencia-se que suas obras vão além da estética literária, configurando-se como instrumentos de transformação social. Este estudo reafirma a importância de uma releitura decolonial da literatura brasileira, valorizando as vozes periféricas como protagonistas na construção de identidades plurais e de novas possibilidades epistêmicas. Cora Coralina e Leodegária de Jesus transcendem suas épocas, apresentando poéticas que não apenas registram experiências, mas também resistem e ressignificam narrativas, anunciando caminhos para uma crítica literária mais inclusiva.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 UNIMAIShttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/297Educação do Campo no Brasil contemporâneo: conquistas, desafios e resistências em tempos de retrocesso2025-05-30T16:22:47-07:00Graziele Santos Ribeirograzielesantosribeiro7@gmail.comEsther Marciano Barbosaesthermarcianob2@gmail.comEmillyn Rilla Alves dos Santosemillyn@gmail.comGersileide Paulino de Aguiar Vilelagersileide@gmail.com<p>A Educação do Campo emerge como uma conquista recente na história brasileira, fruto deembates sociais no período pós-ditadura militar, especialmente durante o processo deredemocratização. Sua definição carrega um duplo significado: deve ser uma educação docampo, ou seja, construída a partir das necessidades e realidades dos povos rurais em suadiversidade; e no campo, garantindo o direito à educação sem que seja necessário migrar paraos centros urbanos. Essa concepção rompe com o modelo tradicional da chamada educaçãorural, marcado pelo ruralismo pedagógico, que durante décadas reproduziu uma visãourbano-centrada e alheia às especificidades rurais. Nas últimas décadas, importantes avançosforam alcançados, como a criação das Diretrizes Operacionais para a Educação Básica doCampo, em 2002, e a realização de conferências nacionais dedicadas ao tema – a primeiradelas, realizada em Luziânia (GO) em 1998. No entanto, persistem desafios estruturais quedificultam a consolidação de uma educação verdadeiramente transformadora como oenfraquecimento de programas como o PRONERA (Programa Nacional de Educação naReforma Agrária), o PROCAMPO (Programa Nacional de Educação do Campo) e oPRONACAMPO (Programa Nacional do Campo), além da falta de articulação efetiva entreEstado e os movimentos sociais. Esses movimentos, em especial o MST (Movimento dosTrabalhadores Rurais Sem Terra), têm desempenhado um papel central na defesa daEducação do Campo, articulando-a com lutas mais amplas pela defesa da reforma agrária,direito à terra e soberania alimentar. A pedagogia desenvolvida por esses movimentos,baseada na educação crítica e na valorização da cultura camponesa, demonstra que é possívelconstruir alternativas ao modelo hegemônico. Nesse contexto, destaca-se que a Educação doCampo foi impactada com o Impeachment de 2016, período marcado pelo desmonte depolíticas públicas educacionais e a falta de incentivo voltado aos programas às populações docampo, intensificando as desigualdades históricas. Este estudo, de caráter qualitativo ebibliográfico, busca analisar os desafios e as perspectivas da Educação do Campo no Brasilcontemporâneo, destacando a necessidade de retomar e fortalecer essa pauta como parteessencial de um projeto amplo de transformação social. Assim, é fundamental reivindicarpolíticas públicas consistentes, garantir a participação ativa dos movimentos sociais naformulação de ações educativas e combater a precarização das escolas no campo. Apesar dosobstáculos, a resistência dos povos rurais e a produção acadêmica crítica denuncia e anunciacaminhos para uma educação que efetivamente dialogue com a realidade do campo econtribua para a construção de uma sociedade mais justa.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Mais - Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/298Quais re-Existências Decoloniais? Uma Análise Dos Movimentos Sociais Do Campo Em Itauçu-Goiás (1950-1960)2025-05-30T16:27:09-07:00Elisabeth Maria de Fátima Borgeselisabeth@facmais.edu.brAmone Inácia Alvesamore@gmail.com<p>Os camponeses historicamente, sob o viés da historiografia oficial, sempre foram tratados pela perspectiva colonialista, hegemônica, dual, como atrasados, conservadores e incapazes. Todavia a perspectiva decolonial surge com uma nova proposta, a de dar visibilidade a grupos que se posicionam desafiando as estruturas sociais, políticas e epistêmicas da colonialidade que os tratou de forma inferiorizada. Essa comunicação objetiva analisar as contribuições da perspectiva decolonial para o entendimento das dinâmicas de organização dos camponeses em Itauçu-Goiás nas décadas de 1950 a 1960. A questão problema apresentada é: de que maneira as ações coletivas protagonizadas pelos camponeses de Itauçu, mobilizando seus saberes tradicionais em um espaço de fronteira, contribuem para a construção de processos de re-existência?A metodologia consiste em revisão bibliográfica. A presente análise investiga a dinâmica de mobilização camponesa na gênese de ações coletivas transformadoras, as quais impactaram as relações de poder e as estruturas de opressão historicamente estabelecidas. Os resultados da pesquisa revelam que as narrativas inscritas em uma perspectiva colonial frequentemente relegaram os camponeses à condição de vítimas passivas e sujeitos marginais ao progresso. E que, em contraposição, a lente decolonial ao propor um deslocamento epistemológico, situando-nos a partir das experiências e agências desses sujeitos sociais subalternizados, possibilitou observar-se que, em seu cotidiano, esses grupos desenvolvem práticas e conhecimentos insurgentes, configurando uma perspectiva contra-hegemônica de re-existência.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 UNIMAIShttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/299Educação do campo, formação docente e diversidade: uma análise das matrizes curriculares da UFCAT e da UFG frente à Resolução CNE/CP n.º 4/20242025-05-30T16:30:19-07:00Luciana Cândida Duarteproflumaternal@gmail.comEsther Marciano Barbosaesthermarcianob2@gmail.comCarlla Barbosa de Morais Ramoscacarllamorais@gmail.comDulce Batista Chaves Buzelidulcebuzeli@hotmail.comGraziele Santos Ribeirograzielesantosribeiro7@gmail.comMaria Zeneide Carneiro Magalhães de Almeidazeneide.cma@gmail.com<p>Este estudo visa objetivo apresentar, paralelamente, as disciplinas oferecidas nos cursos deLicenciatura em Educação do Campo na Universidade Federal de Catalão (UFCAT) e daUniversidade Federal de Goiás (UFG – Campus Goiás), refletindo como a proposta curricularde cada curso estabelece um diálogo entre diversidade e a formação docente do campo frenteà Resolução CNE/CP n.º 04/2024. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de caráter bibliográficodocumental, ancorada nos princípios do materialismo histórico-dialético, como a totalidade,contradição e historicidade. Observou-se, na análise das matrizes curriculares, que na UFCAT,o curso de Educação do Campo contempla disciplinas como “Questão agrária e agriculturafamiliar”, “Educação popular e os movimentos sociais” e “Diversidade e cultura”. Taiscomponentes indicam que há uma aproximação com temas discutidos pelos movimentossociais na defesa de uma educação do e no campo, como as contradições presentes narealidade material, a luta pela reforma agrária e a questão da agricultura familiar, que contestaa expansão da agropecuária e a relação de exploração estabelecida com a terra. Além disso,há uma atenção na discussão sobre diversidade, ao enfatizar a multiplicidade dos povos docampo e as suas especificidades. Já na UFG, há disciplinas como “Capitalismo e QuestãoSocial”, “Questão rural, urbana e movimentos sociais” e “Campo, periferias urbanas eprocessos migratórios”, que permitem uma discussão ampla sobre temas que permeiam umespaço marcado por desigualdades sociais, educacionais e econômicas, destacando o impactodo modo de produção capitalista, assim como a luta histórica a esse sistema. Ao colocar asmatrizes dos cursos lado a lado, evidenciou-se que ambas propõem um projeto educativovinculado à luta do campo. Entretanto, essa perspectiva crítica e questionadora da realidadetem encontrado desafios diante de uma série de projetos, ações e políticas públicasrecentemente aprovadas, como a Resolução CNE/CP n.º 04/2024. Essa normativa, que dispõesobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial em Nível Superior deProfissionais do Magistério da Educação Escolar Básica, e que inclui o curso de Licenciaturaem Educação do Campo, apresenta uma proposta homogeneizante da educação, permeadapor um discurso instrumental e pragmático. Assim, há uma tentativa de negação da diversidadeenquanto eixo de discussão importante no processo formativo dos estudantes. Diante disso,torna-se necessária a ampliação da discussão sobre a importância de disciplinas que adotemuma perspectiva crítica e revolucionária diante de políticas e ações governamentais que visamretirar a diversidade dessas matrizes, discussão que é essencial na formação docente.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Mais - Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/302Educação do campo, movimentos sociais e políticas públicas: avanços e desafios na garantia do direito à educação no meio rural2025-05-30T16:36:23-07:00Esther Marciano Barbosaesthermarcianob2@gmail.comRenato Barros de Almeidarenatobalmeida@hotmail.com<p>Nas últimas décadas, intensificou-se o debate sobre a Educação do Campo e os movimentossociais a ela ligados, considerando um cenário marcado por crescentes desigualdadessocioeconômicas e educacionais e na luta pelo reconhecimento e afirmação de direitos. Essasdesigualdades não decorrem apenas do intensivo processo de expansão agrária liderado porgrandes latifundiários, mas também da ausência de políticas públicas que considerem as lutase os conflitos que permeiam o campo brasileiro. Esta pesquisa, vinculada a um projeto demestrado em Educação em andamento, visa refletir sobre o impacto das políticas públicas paraa Educação do Campo e o papel dos movimentos sociais nela envolvidos, analisando osavanços e desafios encontrados na garantia do direito à educação no meio rural. Além disso,busca-se evidenciar as adversidades estruturais que impedem o reconhecimento desse direitoa um projeto educativo específico e contextualizado para o campo. Trata-se de uma pesquisaqualitativa, de caráter bibliográfico, fundamentada em autores especialistas sobre a temática,ancorada no materialismo histórico-dialético, considerando conceitos como dialética, totalidadee historicidade. Observou-se que a Educação do Campo, ao longo da história brasileira, foimarcada ora pela ausência de projetos públicos, ora por uma política atrelada ao ruralismopedagógico. Apenas a partir da década de 1990, com a reabertura do país pós-ditadura militar,é que houve um fortalecimento dos movimentos sociais e avanços na luta por uma educaçãode qualidade, específica para atender às necessidades do campesinato. Contudo, observou-seque, mesmo diante de novos programas, como o Programa Nacional de Educação na ReformaAgrária (Pronera) e o Programa de Apoio à Formação Superior em Licenciatura em Educaçãodo Campo (Procampo), frutos das lutas coletivas do campo, persistem muitos desafios, como aameaça constante de desestruturação e falta de recursos e as políticas híbridas que se afastamcada vez mais dos princípios da Educação do Campo. Por isso, é fundamental continuar a lutano âmbito das políticas públicas e ampliar o debate, de forma comprometida com a justiçasocial, visando garantir uma educação específica para o povo do campo, a transformaçãosocial e um projeto educativo emancipatório.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Mais - Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/301Potencialidades de uma abordagem racializada dos conteúdos de Geografia2025-05-30T16:35:40-07:00Winicius Alves de Freitaswiniciusalves@discente.ufg.brLorena Francisco de Souzalorena@gmail.com<p>A raça pode sempre ser considerada em parte das análises espaciais dos conteúdos de Geografia, mas isso é uma questão que engloba uma multiescalaridade (Escola, Professores, Estudantes, Sociedade), envolvendo muito mais que o professor. Determinados conteúdos geográficos possuem ainda mais potencialidades para que se utilize da cartografia como instrumento e deixe de ser vista apenas como conteúdo, ou até mesmo algo meramente ilustrativo. Assim, este trabalho tem como objetivo compreender as potencialidades de uma abordagem racializada em conteúdos de Geografia. Desde 2003, tornou-se obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira nos conteúdos escolares (Ensino Fundamental e Ensino Médio). Mas é necessário que a comunidade escolar se mobilize para que os conteúdos geográficos sejam abordados de forma racializada. A partir disso, cabe refletir sobre o ensino de Geografia, suas linguagens e as questões raciais que considere o cotidiano dos estudantes, juntamente com uma linguagem que provoque e instigue. A realidade periférica urbana negra é composta por múltiplas diferenças e identidades jovens, estar atento para mobilização dessas vivências tende a potencializar as aulas em escolas localizadas em regiões periféricas da cidade de Goiânia. Uma abordagem racializada busca desenvolver um pensamento geográfico racializado acerca da sociedade e suas relações como um todo que agregue na luta pela igualdade racial, e desenvolver isso no ensino fundamental se torna enriquecedor a partir do ponto em que crianças e adolescentes são os principais sujeitos de suas realidades. Metodologicamente, este trabalho parte de levantamentos primários em pesquisa de mestrado, buscando fazer um ensaio teórico acerca do movimento negro e a implementação de uma abordagem racializada nos dias atuais. Portanto, leva-se a refletir sobre o papel do professor de Geografia nesse processo, como se deu e se dá a sua formação inicial e continuada referente às temáticas raciais no ensino da referida disciplina.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 UNIMAIShttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/303Educação superior, desenvolvimento sustentável, e cooperação sul-sul: exemplos da Amazônia2025-05-30T16:39:11-07:00Luis Eduardo Aragón Vacaluis.ed.aragon@hotmail.com<p>Discutem-se a relação entre educação superior e desenvolvimento sustentável, o conceito depertinência social da educação superior, e a importância da cooperação Sul-Sul para fortalecera capacidade instalada no Sul Global, destacando alguns exemplos da Amazônia, como oNúcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA), a Associação de Universidades Amazônicas(UNAMAZ), e a Cátedra UNESCO de Cooperação Sul-Sul para o DesenvolvimentoSustentável. Este estudo é baseado em ampla revisão bibliográfica, incluindo outros textossobre o tema produzidos pelo autor. Desde a Conferência Mundial das Nações Unidas sobreMeio Ambiente e Desenvolvimento reunida no Rio de Janeiro em Junho de 1992 (a Rio 92),que propalou o termo de desenvolvimento sustentável surgiram iniciativas as mais diversas aoredor do mundo para dar-lhe conteúdo ao mesmo: mestrados, doutorados, instituições depesquisa, projetos de toda ordem, conferências, seminários, colóquios, encontros, enaturalmente literatura; enfim o termo entrou nas mais diversas atividades humanas e com osmais diversos significados e propósitos. Igualmente, assim como a Rio 92 propalou o conceitoparadigmático de desenvolvimento sustentável, a Conferência Mundial da UNESCO sobreEducação Superior (CMES) de Paris em 1998, gerou o conceito de pertinência social daeducação superior, igualmente paradigmático, ou seja, a adequação entre o que a sociedadeespera das instituições e o que estas fazem. Tal conceito, ao igual que o de desenvolvimentosustentável, também originou estudos, debates e fóruns ao redor do mundo, em diferentesníveis e nas perspectivas mais diversas, e todos concordam que esse conceito forçou umanova maneira de definir o papel da educação superior na sociedade. Portanto, a educaçãosuperior, para ter impacto na busca do desenvolvimento sustentável, tem que ser pertinente, oque significa educação de qualidade, acessível, responsável, e comprometida com o bem-estarda sociedade. O conceito de pertinência da educação superior é especialmente valioso para ospaíses do Sul Global. Sul Global refere-se ao conjunto de países localizados majoritariamenteao sul do mundo desenvolvido (Norte Global), classificados pelas Nações Unidas como paísesde economias em desenvolvimento, os quais, mesmo sem poderem ser agrupados numa únicacategoria, todos eles compartilham um conjunto de vulnerabilidades e desafios. O Sul Globalconverteu-se em tópico de pesquisa importante, focando diversas perspectivas para fortalecersuas capacidades em busca do desenvolvimento sustentável, incluindo a cooperação Sul-Sul,e equilibrar as forças, superar as assimetrias regionais e tomar vantagens da cooperação quevem do Norte. Algumas iniciativas nesse sentido surgidas na Amazônia são apresentadas.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Mais - Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/304Políticas Educacionais E Interlocução Com Políticas De Proteção De Crianças E Adolescentes Vítimas De Violência Sexual2025-05-30T16:39:37-07:00Édar Jessie Dias Mendes da Silvaedarjessie@gmail.comMaria Esperança Fernandes Carneiroesperancacarneiro@outlook.com<p>As políticas de proteção às crianças e adolescentes no Brasil, a partir da Constituição Federal de 1988 e Lei 8609/1990 Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), contribuíram significativamente na mudança de paradigmas da infância e adolescência. Apesar desses avanços ainda existe na sociedade brasileira, violências contra crianças e adolescentes, principalmente, a violência sexual. Nos questionamos do porquê. O ECA estabeleceu no artigo 86 um Sistema de Garantias de Direitos e que para sua funcionalidade é necessário um trabalho em rede entre o judiciário, Conselhos Tutelares, Saúde, Educação e Assistência Social para o fortalecimento de uma política de proteção integral. Ocorre, que as violações de direitos de crianças e adolescentes tem permanecido presente, principalmente, às referente a violência sexual. A educação tem sido chamada a contribuir com a mudança dessa realidade, tanto no que diz respeito a identificação e notificação de situações de violência, quanto na formação de profissionais da educação sobre os Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes. Mas, a partir do acirramento do neoliberalismo, instalou-se o desmonte de direitos sociais, principalmente da classe trabalhadora. A educação nesse cenário sofre uma precarização em detrimento da mercantilização e a proposta passou a ser validar os interesses do capital. As políticas de proteção à criança e adolescente, também, sofreram impactos, com maior ênfase na falta de investimento orçamentário. O neoliberalismo aumentou as desproteções sociais, as vulnerabilidades nas famílias e consequentemente as violações dos direitos de crianças e adolescentes. Assim, nos propusemos a realizar esse estudo que tem como objetivo compreender a interface da educação com as Políticas Públicas de Proteção Integral de crianças e adolescentes, nas demandas de violência sexuais identificadas por professores e professoras de escolas pública do ensino fundamental. Utilizamos como metodologia de análise uma perspectiva crítica, pesquisa bibliográfica e de campo e para coletar os dados aplicamos questionários. A análise da pesquisa está em andamento, mas, já foi possível identificar alguns aspectos, como o fato de que a questão da violação dos direitos da criança e adolescente é um debate tenso e contraditório, entre os professores(as), pois, existe uma ideia de que a educação vai resolver essa situação. De forma breve esse estudo nos levou a várias reflexões, mas principalmente, entender que os aspectos conservadores em relação à criança e adolescente, principalmente no espaço familiar, ainda, permanecem arraigados, pois, são nesses espaços familiares que ocorrem o maior índice de violência contra crianças e adolescentes.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 UNIMAIShttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/305Educação tecnológica e teoria histórico-cultural: por uma formação crítica2025-05-30T16:41:51-07:00Michele Barros Souza Iucatanmichelenglish4@gmail.com<p>É fato que a educação tecnológica, enquanto prática pedagógica, tem se expandido nosúltimos anos, gerando novos desafios e oportunidades para a formação de indivíduos em ummundo cada vez mais mediado pelas tecnologias. Sob a ótica da teoria histórico-cultural, essaeducação não pode ser dissociada de um processo histórico e coletivo, que envolve asrelações entre o sujeito, a sociedade e as ferramentas tecnológicas. O objetivo deste estudo éanalisar os limites e as possibilidades da educação tecnológica à luz da teoria histórico-cultural,destacando como os avanços tecnológicos podem ser integrados no processo educativo, semperder de vista a formação integral do indivíduo. A metodologia adotada para essa análise foidocumental, com revisão bibliográfica. Os resultados revelam que, sob a perspectivahistórico-cultural, a educação tecnológica pode se tornar um instrumento para odesenvolvimento do sujeito, desde que esteja atrelada a uma concepção crítica e reflexivasobre o uso das ferramentas digitais. Entretanto, os principais limites identificados referem-se àinfraestrutura deficiente, à formação insuficiente de professores e àresistência cultural a novas práticas pedagógicas. E por outro lado, as possibilidades incluem apromoção da autonomia do estudante, a ampliação do acesso ao conhecimento, permitindoque o aluno se aproprie da tecnologia de maneira consciente e criativa. Em síntese, aeducação tecnológica, sob a ótica da teoria histórico-cultural, apresenta tanto desafios quantooportunidades, sendo necessário um esforço contínuo para superar os limites impostos porcontextos educacionais desfavoráveis e aproveitar as potencialidades oferecidas pelas novastecnologias para uma formação mais significativa e também crítica.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Mais - Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/307El protagonismo invisible de la mujer indígena en las crónicas2025-05-30T16:44:30-07:00María Elcy Castellanos Gómezelcy.castellanos2020@gmail.com<p>Los Cronistas de Indias, antiguos historiadores de Indias fueron los encargados de registrar losacontecimientos de la exploración, conquista y colonización de las tierras de América. Estegrupo estuvo conformado por soldados, religiosos y comisionados por la Corona de España, sedividió en cronistas menores y cronistas mayores. Al primer grupo pertenecieron aquellos quelegaron una valiosa información sobre las sociedades aborígenes del continente: CristóbalColón, Ramón Pané, Miguel de Cuneo, Diego Álvarez Chanca, Bernal Díaz del Castillo, HernánCortés, Juan de Castellanos, Fray Pedro Simón, Fray Pedro Aguado, Fray Bernardino deSahagún. El segundo grupo lo conformaron los autores vinculados estrechamente a la corte delos Reyes Católicos: Pedro Mártir de Anglería, Gonzalo Fernández de Oviedo, Francisco Lópezde Gomarra, Antonio de Herrera y Fray Bartolomé de Las Casas. La mayoría de los Cronistasde la época de la conquista y colonización de América eran europeos, su testimonio no esneutral, presentaron una visión etnocentrista y androcentrista, miraron los hechos desde laperspectiva europea, occidental, católica y patriarcal. Juan de Castellanos en verso, y FrayPedro Simón en prosa, registraron nominalmente a más de cuarenta mujeres aborígenes,destacándose una india llamada la Gaitana y una india Catalina, de Zamba. Esta comunicaciónpretende hacer una reflexión sobre la visión que tenían los varones europeos de las mujeresnativas. Este es un estudio cualitativo, documental con enfoque transdisciplinar y análisis críticodel discurso. Dará respuesta a los interrogantes: ¿A quiénes se les llamó Cronistas de Indias ypor qué fueron denominados con este nombre? ¿Cuál es la clasificación de los Cronistas deindias? ¿Qué relatos escritos dejaron los europeos durante los siglos XV, XVI, XVII y XVIII?¿Qué motivó a escribir a los varones europeos a su llegada al continente de América? ¿Cuálesfueron los Cronistas de Indias que registraron en sus escritos a la población indígena,identificando a las féminas indígenas? ¿Por qué se dio la invisibilidad de la mujer indígena enlas Crónicas de Indias?</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Mais - Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/308Elefante na sala: o estigma do peso na formação dos profissionais da saúde2025-05-30T16:46:55-07:00Brenda Ramos Silvabrenda.silva@facmais.edu.brGiulia Junqueira Dutrajunqueira@gmail.comMarina Rodrigues Barbosamarina@gmail.com<p>O peso no processo formativo em saúde e no contexto social, ainda se constitui fortementecomo um determinador estigmatizante que impacta no desenvolvimento biopsicossocial dosdiscentes, como também, nas condutas em saúde. Propõe-se portanto, com o presentetrabalho, um ensaio teórico-reflexivo visando explanar sobre as lacunas existentes no que serefere ao estigma do peso durante a formação dos futuros profissionais de saúde. O estigma dopeso, simbolizado pelo elefante na sala, retrata uma das marcas físicas mais imponentes epresentes em todos os campos de estudo da área da saúde e antropologia Ao analisar aconstrução histórica do corpo, a denotação social construída mediante o tamanho e formatocorporal, esteve e ainda está, diretamente relacionada com identificação e valorização doindivíduo pertencente a uma sociedade, considerando seu espaço-tempo culturalexperienciado. O corpo gordo, vigoroso representante de fartura e desejo no contexto socialanterior à década de 1930, sucedeu-se à modificações moduladoras justificadas pela busca àsaúde, vitalidade, produtividade e embelezamento, ocultando de forma minuciosa e estratégica,outras dimensões que impactam a vivacidade, longevidade e qualidade de vida dos indivíduos.Contudo, observa-se que o encobrimento das dimensões a nível estrutural presentes nasociedade como insatisfação corporal, gordofobia, acesso à alimentação de baixa qualidade,permitiu e intensificou o enaltecimento do corpo como principal objeto de referência paracondutas em saúde, mesclado a um discurso empobrecedor sobre foco, força e fé.Contextualizado para o ambiente acadêmico da área da saúde, é de extrema importância quesejam elucidados os discursos que permeiam o corpo, sobretudo, o peso, como parâmetronormativo e determinante nos diagnósticos, nas condutas e na construção do cuidado emsaúde. Especificamente no campo da nutrição, do qual, as presentes autoras possuem seulugar de fala e formação, o qual destaca-se como ambiente de risco para impactos negativosdo estigma do peso. É importante ressaltar o não interesse em desestimular o ensinofisiopatológico inerente ao corpo mediante o comportamento em saúde dos indivíduos, e sim,estimular a reflexão crítica sobre a ausência de conceitos como estigma do peso, gordofobia,culto à magreza, entre outros, durante o processo de formação.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Mais - Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/309Ensino de Geografia e as Relações Étnico-raciais: Avanços e perspectivas dos livros didáticos de Geografia da rede estadual de Goiás2025-05-30T17:20:35-07:00Sâmilla Sousa de Paivasamillapaiva@discente.ufg.brLorena Francisco de Souzalorenafran@gmail.com<p>O presente artigo é um resultado parcial da pesquisa Mapeando a diferença: a temática racial ede gênero no ensino e na formação de professores/as de Geografia,vinculada ao Programa deBolsa de Licenciatura - PROLICEN da UFG.Compreendendo a importância do livro didático nasescolas, o artigo discute o avanço das temáticas étnico-raciais nos livros didáticos deGeografia, em especial livros utilizados nas escolas da rede estadual de Goiás,com recortepara o município de Goiânia. A metodologia utilizada é de natureza qualitativa ancorada naanálise documental de livros didáticos dos anos finais do ensino fundamental/BNCC/DCGO ePNLD, além da revisão bibliográfica de artigos,teses e dissertações que debatem o tema dasrelações étnico-raciais no ensino de Geografia.Ao pensarmos a discussão sobreraça,etnia,gênero e sexualidade ressaltamos o papel dos movimentos sociais na luta por umaeducação emancipadora que visa o fim das desigualdades socioespaciais.A partir dessedebate introduzido através da luta pela educação e conquista das políticas públicas voltadaspara educação das relações étnico-raciais , houve um avanço significativo no que diz respeito aessa temática no ambiente escolar e livros didáticos.Apesar do avanço das temáticas dasrelações étnico-raciais nos conteúdos dos livros didáticos em especial livros de Geografia,ainda nos deparamos com imagens e recortes temáticos que contribuem para uma noçãoestereotipada da população negra,a maioria das abordagens não ressaltam a riqueza cultural ehistórica do continente africano e das suas influências na cultura brasileira.Os conteúdos aindanão contemplam a importância desse debate em sala de aula, em sua maioria é tratado comotemática secundária e sob um olhar eurocêntrico e hegemônico.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Mais - Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/310Entre Memórias e Cerrado: A Gestão de Cartas no Instituto Bernardo Élis2025-05-30T17:23:17-07:00Kalita Torres de Mourakalitatorres274@gmail.com<p>Entre Memórias e Cerrado: A Gestão de Cartas no Instituto Bernardo Élis tem como objetivo aexposição e produção de conhecimento sobre as cartas de Bernardo Élis Fleury de CamposCurado, autor goiano, que estão no acervo do Instituto Cultural Bernardo Élis para os Povos doCerrado (ICEBE), uma organização sem fins lucrativos localizada em Goiânia. A proposta deeducação patrimonial busca identificar e valorizar a riqueza cultural contida nos escritos deBernardo Élis, com foco em suas cartas. Essas cartas, além de serem uma importante fonte depesquisa, revelam as transformações sociais, políticas, econômicas e culturais do estado deGoiás, proporcionando uma visão aprofundada da realidade local. O projeto também visapromover a interação entre as memórias de Bernardo Élis e a história do estado, criando umespaço de reflexão sobre a vida social e cultural goiana. A ação mediadora entre essasmemórias e o público contribui para o entendimento das relações entre história, memória epatrimônio, ao mesmo tempo que reconhece a importância do ICEBE na preservação dolegado cultural do autor. Em consonância com as diretrizes da Coordenação de EducaçãoPatrimonial (CEDUC), o projeto enfoca a valorização do patrimônio cultural por meio deprocessos educativos formais e informais. As cartas de Bernardo Élis são destacadas comobens culturais de grande relevância, funcionando como documentos primários que oferecemuma visão única sobre a época e sobre a perspectiva pessoal e coletiva do autor, enriquecendoo entendimento de eventos históricos, sociais e culturais. O projeto de Educação Patrimonialterá como conceitos geradores as referências teóricas de Márcia Chuva (2020), Sônia Florêncio(2014, 2015, 2016), Simone Scifoni (2017) e Átila Tolentino (2016, 2018). Estes autorespossuem trabalhos que se desdobram de forma coerente sobre o grandioso campo de conflitose desafios do patrimônio histórico brasileiro, abordando temas centrais como patrimônio,memória e educação patrimonial. O projeto adota também as noções de Pierre Nora sobre amemória coletiva, destacando a importância dos "lugares de memória" na preservação etransmissão dos legados culturais.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Mais - Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/311Imigrantes do Haiti e sentidos atribuídos à educação2025-05-30T17:25:44-07:00Brunna Thais Reis Salesbrunna.sales28@gmail.comCláudia Valente Cavalcantevalentecaval@gmail.com<p>Essa comunicação, recorte de uma Tese em Educação sobre uma comunidade haitiana ecultura corporal de movimento, tem como proposito apresentar os sentidos que imigrantesnacionais do Haiti atribuem à educação. As migrações internacionais têm aumentadoconsideravelmente nos últimos tempos e de acordo com a ONU a tendência é aumentar. NoBrasil, um dos fluxos migratórios que chamou a atenção foi a entrada do alto número denacionais do Haiti em diversos Estados brasileiros, em especial no Estado de Goiás.Considerado um fato inédito, houve a necessidade de compreender contextos sociais,educacionais e culturais acerca da migração de haitianos e haitianas no território goiano. Pararealizar a pesquisa, foram utilizados questionários e entrevistas aprofundadas com seteimigrantes do Haiti residentes em Goiás. Baseia-se no conceito de sentido atribuído naperspectiva de Bourdieu (1983), que concebe a percepção acerca do mundo social através darelação entre as estruturas sociais objetivas, às quais os sujeitos estão inseridos, e ascondições subjetivas ligadas à constituição do habitus, que influenciam os modos como osagentes agem, sentem e pensam no mundo, e do conceito de migração como um fato socialtotal que afeta a estrutura social, as relações de poder, a economia, a cultura e as identidadesde ambos os países envolvidos, conforme Sayad (1998). Como resultados, a pesquisa apontouque os imigrantes do Haiti atribuem distintos sentidos à educação: Educação como meio desuperação e emancipação; Educação como promotora de oportunidades; Educação comoconstrução coletiva e convivência; Educação como instrumento de desenvolvimento de umanação; e a Subordinação da escola à família e à religião. Conclui-se que os sentidos atribuídossão individuais quando dizem respeito à transformação da vida da pessoa e de sua família maispróxima. Eles expressam expectativas de crescimento, melhora das condições de vida evalorização pessoal; e coletivos quando dizem respeito à convivência social, aos vínculoscomunitários e à contribuição da educação para o bem comum, tanto no plano local quantoglobal. No entanto deve ser subordinada à família e a religião, pois são lócus de preservaçãodos costumes, valores e tradições da cultura haitiana.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Mais - Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/312Interculturalidade, inclusão social e literatura: um olhar antropológico sobre o conto Mágoa de Vaqueiro de Hugo de Carvalho Ramos2025-05-30T17:29:50-07:00Carmem Lucia Pereira Barros Cardoso Lopescarmemluciacosta66@gmail.comRogerio Pereira Borgesrogeriopereiraborges@hotmail.com<p>O presente estudo investiga a interseção entre interculturalidade, inclusão social e literatura,tomando como objeto de análise o conto Mágoa de Vaqueiro (1917), de Hugo de CarvalhoRamos. A narrativa insere-se no contexto do sertão brasileiro e explora as dinâmicas sociais,culturais e econômicas das comunidades tradicionais. O objetivo principal é examinar como aliteratura regionalista representa as relações de pertencimento, os processos de exclusãosocial e os mecanismos de resistência cultural. A pesquisa adota uma abordagem qualitativa einterpretativa, utilizando a análise de conteúdo para identificar os elementos narrativos queevidenciam a interculturalidade e a exclusão social na obra. A metodologia baseia-se nahermenêutica literária, buscando compreender os simbolismos da narrativa e suas relaçõescom as dinâmicas sociais do período e da contemporaneidade. A fundamentação teórica doestudo se apoia em diferentes abordagens, como: Antonio Candido - Literatura e Sociedade(2000); Clifford Geertz - A Interpretação das Culturas (1978); Laurence Bardin - Análise deConteúdo (1977) e Homi Bhabha - O Local da Cultura (1998). Na busca de esclarecer a relaçãoentre literatura e identidade cultural, seguiremos a analisada a partir do papel da literatura naformação da sociedade, compreendendo-a como um reflexo das interações sociais e culturaisdo sertão. Para isso, serão utilizados conceitos da crítica literária e da antropologia cultural. Oestudo também explorará a literatura como um sistema de significados, onde a cultura éinterpretada como uma teia simbólica de sentidos. A categorização e interpretação doselementos narrativos serão conduzidas com base em uma metodologia de análise de conteúdo,permitindo identificar como a interculturalidade e a exclusão social emergem na obra. Alémdisso, serão considerados os processos de hibridismo cultural e identidade dentro do contextoregionalista do conto. Os resultados esperados incluem a ampliação do debate sobrediversidade cultural e inclusão social no âmbito literário, além de reforçar a importância daliteratura regionalista como meio de expressão e resistência cultural. Assim, a pesquisa ampliao campo de estudos interdisciplinares ao unir literatura e antropologia, demonstrando como aficção pode servir como uma fonte de análise cultural e social. Além disso, contribui para avalorização das narrativas regionais e dos debates sobre inclusão e diversidade, oferecendonovas perspectivas para o ensino da literatura brasileira e para a reflexão sobre os desafiosenfrentados pelas comunidades sertanejas na contemporaneidade.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Mais - Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/313Jovens Ciganos e Educação: um campo científico invisibilizado ou uma cultura invisibilizada?2025-05-30T17:33:15-07:00Juliana Carrijo Naves Fernandesjulianacarrijonavesfernandes@gmail.comCláudia Valente Cavalcanteclavalente@pucgoias.edu.br<p>Este trabalho apresenta resultados parciais de uma tese em andamento intitulada “Jovensciganos, cultura e educação: significados e desafios no contexto escolar”. O objetivo éproblematizar as lacunas de dados identificadas no estado do conhecimento, a partir dosdescritores “jovens ciganos” e “juventude cigana”, localizados na Biblioteca Digital Brasileira deTeses e Dissertações (BDTD), e nos dados do Censo Escolar da Educação Básica de 2024,disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira(INEP), com foco em estudantes em situação de itinerância. A pesquisa, ainda emdesenvolvimento, está organizada em três etapas: (i) levantamento do estado doconhecimento; (ii) análise de dados quantitativos referentes à cultura cigana no Brasil; e (iii)pesquisa de campo com jovens ciganos. Esta comunicação tem como foco as duas primeirasetapas, buscando relacionar os dados estatísticos disponíveis sobre estudantes ciganos àsproduções acadêmicas sobre juventude cigana e escolarização. A metodologia adotada équalitativa e documental, estruturada em dois eixos analíticos. O primeiro consiste nolevantamento do estado do conhecimento por meio da análise de produções acadêmicasidentificadas a partir dos descritores mencionados, disponíveis na BDTD. O segundo eixorefere-se à análise de documentos oficiais, especialmente os dados do Censo Escolar daEducação Básica de 2024, com atenção aos registros sobre estudantes em situação deitinerância. Os resultados revelam uma significativa lacuna na produção acadêmica nacional noque se refere à juventude cigana, particularmente no campo educacional. Dos 174 trabalhosque abordam o descritor “ciganos”, apenas oito fazem menção direta a jovens ciganos, sendoprovenientes de programas de pós-graduação em Educação, Psicologia, Psicologia Clínica,Políticas Sociais e Enfermagem. Dentre esses, quatro pesquisas — Montini (2017), Silva(2017), Simões (2014) e Bareicha (2013) — apresentam os jovens ciganos como tema. No quese refere ao Censo Escolar 2024, observa-se a ausência de dados ou menções referente aosestudantes ciganos ou em situação de itinerância nas modalidades da educação básica, o queinvisibiliza essa população. Conclui-se que há um processo de invisibilização desses sujeitostanto no campo acadêmico como institucional, evidenciando a necessidade de ampliação dasinvestigações sobre escolarização e cultura cigana no Brasil, perpetuando uma culturahegemônica que historicamente desconsidera e estigmatiza essa população e que se reproduzno campo científico da educação e nos dados censitários.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Mais - Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/314Juventudes, Educação e Cultura Política: processos formativos em disputa2025-05-30T17:36:04-07:00Juliana Fernanda Borges Pereirajulianaborgeseduca@gmail.comCláudia Valente Cavalcanteclaudiavalent@gmail.com<p>A presente comunicação apresenta resultados parciais de uma dissertação em educação queinvestiga os sentidos atribuídos pelos jovens aos valores democráticos e os espaçoseducativos onde esses valores são constituídos. O estudo parte do entendimento da juventudecomo uma construção histórica e social, inserida em contextos marcados por desigualdades noacesso à vida pública e à cidadania. O principal objetivo é compreender como os jovenspercebem os valores democráticos e de que maneira os processos educativos, formais einformais, contribuem para a construção desses sentidos. A metodologia adotada é de naturezabibliográfica, com análise de dados secundários provenientes de pesquisas nacionais einternacionais sobre juventudes, democracia e participação, incluindo relatórios recentes edados estatísticos do Tribunal Superior Eleitoral. Esses dados permitiram identificar padrões etendências sobre o engajamento político dos jovens no Brasil contemporâneo. Os resultadosindicam um aumento expressivo no número de jovens eleitores, com crescimento de 47,2% emcomparação ao processo eleitoral de 2018. Apesar disso, há uma expressiva desconfiança emrelação aos partidos políticos e uma insatisfação geral com o funcionamento da democracia. Aparticipação juvenil se manifesta prioritariamente através do engajamento em pautasespecíficas e concretas, como as relacionadas à crise climática, movimentos antirracistas ecausas LGBTQIA+. Além disso, as redes sociais desempenham papel central na formaçãopolítica dos jovens, com destaque para a atuação de influenciadores digitais como mediadoresda informação. Os dados analisados permitem concluir que há uma reconfiguração significativada cultura política juvenil no século XXI, caracterizada por novas formas de engajamento e pelabusca de identificação com causas sociais mais próximas da vivência cotidiana dos jovens. Noentanto, a educação formal, em especial a escola, embora possua potencial formativo, tem semostrado um espaço tensionado por disputas ideológicas e marcado pela influência deagendas conservadoras e neoliberais. Este cenário aponta para a urgência de pensar políticaspúblicas e práticas pedagógicas que fortaleçam a formação cidadã crítica das juventudes.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Mais - Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/315Levantamento histórico sobre as desigualdades, o dualismo, as finalidades e o contexto atual da educação2025-05-30T17:39:27-07:00Karla Adriana Bonfantikarlabonfanti@hotmail.comElianda Figueiredo Arantes Tiballitiballielianda@gmail.com<p>No decorrer do processo civilizatório da humanidade, é inegável a importância da Educação. Asformulações sobre qual é o papel da educação no processo de formação do homem sãoinúmeras, contudo, nem tudo que é formulado como a teoria explicativas sobre o papel daeducação na atualidade condiz com as ações educativas desenvolvidas pelas instituiçõesescolares, principalmente aquelas orientadas pelas políticas neoliberais. Há no discursoeducacional uma adesão ao ideário da educação como prática da liberdade, àqueles queafirmam que a finalidade da educação é formar um sujeito emancipado e ativo socialmente,porém é preciso ter cautela sobre o alcance deste discurso nas práticas educativas mediadaspelas políticas educacionais atuais. Assim considerando e para o alcance deste propósito foirealizada uma pesquisa qualitativa do tipo bibliográfico com o objetivo de realizar um brevelevantamento histórico sobre as desigualdades, o dualismo e as finalidades educativas aolongo do tempo, iniciando sua análise a partir da visão de três autores de referência naabordagem deste tema: Kal Marx, Émile Durkheim e Max Weber, até chegar ao contexto atualda educação brasileira, direcionada pelas políticas neoliberais, bancadas por instituiçõesinternacionais. O resultado desta pesquisa está apresentado neste artigo, que se encontraorganizado da seguinte forma: uma brevíssima analise da visão sociológica da educação,partindo da ideia dos três sociólogos da educação: Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber;posteriormente uma análise do dualismo da educação escolar brasileira; por último umacontextualização histórica da educação brasileira, que desde os anos 90 vem sendosistematizada a partir de políticas neoliberais, mantidas por instituições financeirasinternacionais. Nas considerações finais, os comentários sobre as finalidades das políticaseducacionais neoliberais, frente às desigualdades e ao dualismo do sistema de ensinobrasileiro, demonstrando que nunca existiu intenção de terminar ou até mesmo diminuir odualismo do sistema educacional brasileiro. O texto integral de tais políticas, deixa explícito queelas estão direcionadas para a parcela da sociedade mais pobre economicamente, pois estegrupo precisa receber um direcionamento para ser absorvido de modo útil pelo sistemacapitalista.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Mais - Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/316Mulheres Imigrantes e Escola no Brasil: Um Estado do Conhecimento (2019–2024)2025-05-30T17:42:55-07:00Jovana Lino Bontempojovanalino@outlook.comCláudia Valente Cavalcantevalentecaval@gmail.com<p>De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), até o finalde 2023, cerca de 117,3 milhões de pessoas em todo o mundo foram forçadas a se deslocarem decorrência de perseguições, conflitos, violência e violações de direitos humanos. NoBrasil, foram registradas 58.628 solicitações da condição de refugiado. No mesmo ano, oComitê Nacional para os Refugiados (Conare) reconheceu 77.193 pessoas como refugiadas,das quais 47,6% eram mulheres. Esses dados não apenas confirmam a presença expressivade mulheres imigrantes no país, como também evidenciam a necessidade de se compreenderos desafios de inserção e permanência na escola sob uma perspectiva interseccional, queconsidere simultaneamente as dimensões de gênero, educação e migração. Portanto, esteestudo tem como finalidade expor resultados parciais de uma dissertação em desenvolvimento,que aborda a trajetória educacional de mulheres imigrantes, com o objetivo de apresentar umestado do conhecimento sobre a produção acadêmica brasileira referente à relação entremulheres imigrantes e a escola, com ênfase no período de 2019 a 2024. Para alcançar esseobjetivo, foi realizada uma revisão sistemática na Biblioteca Digital Brasileira de Teses eDissertações (BDTD), utilizando os descritores “escola” e “mulheres imigrantes” nessa ordem.A busca resultou na identificação inicial de 55 teses e dissertações das quais apresentaramdiferentes temáticas. Dessa forma, a análise seguiu uma abordagem qualitativa, comfundamentação na categorização temática, permitindo a organização das pesquisas em seiseixos principais: migração e trabalho (40%), saúde mental e violência (29%), identidade ecultura (15%), políticas públicas (9%), escolarização (5%) e outros (2%). Constatou-se que osestudos sobre escolarização são minoritários e, em sua maioria, focam nas experiências defilhos de imigrantes, deixando à margem a vivência escolar das mulheres adultas. A análisetambém revelou a carência de pesquisas que explorem trajetórias educacionais binacionais,políticas educacionais para mulheres imigrantes e o papel da interseccionalidade nosprocessos de inclusão ou exclusão educacional. Ainda que algumas pesquisas tratem dapresença de mães imigrantes no contexto escolar, sua atuação como cerne em processoseducativos permanece pouco investigada. Dessa forma, o estudo aponta caminhos para futurasinvestigações, sugerindo o uso de metodologias de campo voltadas à escuta de narrativassobre experiências escolares, a análise de políticas educacionais em municípios com altapresença imigrante e a valorização das trajetórias escolares anteriores à migração. Ademais asistematização apresentada contribui para evidenciar um campo de pesquisa ainda emconstrução, mas fundamental para o fortalecimento de práticas escolares mais inclusivas esensíveis à diversidade cultural e de gênero no Brasil.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Mais - Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/317O impacto negativo do uso da inteligência artificial no contexto acadêmico e suas implicações para a saúde pública.2025-05-30T17:45:38-07:00Fabiana Campos Casarolifabianacamposcasaroli@gmail.comPaulo Autran Leite Limapaulolima@facmais.edu.br<p>A Inteligência Artificial (IA) emergiu na década de 50 e, com o desenvolvimento de algoritmoscomplexos e o aumento da capacidade computacional, passou a ocupar papel central emdiversos setores. Atualmente, sua aplicação em universidades e na pesquisa científica temproporcionado automatização de tarefas e personalização do aprendizado. Entretanto, seu usoindiscriminado gera preocupações relacionadas à integridade acadêmica, à qualidade daaprendizagem e à saúde mental de estudantes e pesquisadores. Torna-se necessário acompreensão dos seus efeitos colaterais, especialmente com relação a saúde mental e aosaspectos éticos na comunidade acadêmica, com possíveis repercussões na saúde pública.Sendo assim, objetivou-se analisar o impacto negativo do uso da IA no contexto acadêmico esuas implicação para a saúde pública. Trata-se de uma revisão integrativa com abordagemqualitativa de publicações dos últimos cinco anos (2020–2025) nas bases SciELO, PubMed eScienceDirect. Foram utilizados descritores como "inteligência artificial", "educação superior","saúde mental", “ética”, “saúde pública” e "tecnologia na educação". Foram incluídos artigosrevisados por pares com texto completo e que abordassem a temática a ser estudada. Osdados foram organizados em quadros temáticos e avaliados por meio de análise de conteúdo.De acordo com os resultados encontrados, alguns estudos apresentaram que o uso excessivoda IA pode comprometer o desenvolvimento do pensamento crítico, gerando conhecimentosuperficial e redução da autonomia intelectual. Também foi observado um aumento de casos deplágio e fraudes acadêmicas. No âmbito da saúde mental e pública, pesquisadores estãopropensos a adquirirem níveis aumentados de ansiedade, estresse, Burnout devido a pressãopor maior produtividade e pela sobrecarga cognitiva associada ao uso da tecnologia. Outroponto de destaque, que pode gerar disparidades educacionais e sociais, é a desigualdade noacesso destas ferramentas, favorecendo grupos que possuam maiores recursos financeiros etecnológicos. Além disso, a ausência de regulamentações claras agrava dilemas éticosdificultando o controle institucional. Sendo assim, conclui-se que o impacto negativo do uso daIA em contexto acadêmico e suas implicações para a saúde pública se norteia pelo usoimprudente da tecnologia e, possivelmente, comprometedor da qualidade acadêmica e pelafalta de pensamento crítico e treinamento cognitivo do ensino e da aprendizagem gerando umageração de pesquisadores com prováveis problemas de saúde mental levando a uma crescenteproblemática da saúde pública. Sugere-se que as instituições estabeleçam diretrizes éticas,promovam formação adequada e ofereçam suporte acadêmico e psicológico, garantindo umuso consciente e responsável da IA no ambiente acadêmico.Palavras-chave: Inteligência artificial; Contextos acadêmicos; Saúde mental; Saúde Pública.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Mais - Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/318O Papel Da Educação Incultural No Desenvolvimento Da Criança Nos Anos Iniciais2025-05-30T17:48:16-07:00Edaiane Sales de Sousaedaiane.sousa@aluno.facmais.edu.brVanessa Moreira Victor Oliveiravanessa.moreira@aluno.facmais.edu.br<p>A presente pesquisa “O Papel da Educação Intercultural no Desenvolvimento das Crianças nosAnos Iniciais” tem como objetivo (re)significar as práticas educativas relacionadas à EducaçãoCultural no Ensino Fundamental, enfatizando a importância da diversidade cultural e dorespeito às diferenças. A metodologia adotada é qualitativa, envolvendo entrevistas comeducadores e gestores, o que permitirá uma compreensão mais profunda das dinâmicaseducacionais. A justificativa para a realização deste estudo se fundamenta na constatação deque, muitas vezes, o ensino se distancia do contexto cultural das crianças, resultando em umadesconexão que pode impactar negativamente a formação da identidade e a autoestima dosalunos. Essa falta de conexão com suas raízes culturais pode levar a sentimentos deinadequação e desvalorização, dificultando o desenvolvimento integral das crianças. Assim, apesquisa busca identificar como a educação cultural pode influenciar positivamente aconstrução da identidade e autoestima, além de investigar práticas pedagógicas queconsiderem a cultura como um elemento central no processo de ensino. Os objetivosespecíficos incluem: identificar a influência da educação cultural na formação da identidade eautoestima das crianças; investigar práticas pedagógicas que incorporam a cultura; identificarbarreiras que dificultam a integração da cultura no currículo; e propor estratégias para superaressas barreiras. Um aspecto crucial abordado é a necessidade de desconstruir a perspectivaeurocêntrica predominante no ensino, promovendo uma educação intercultural mais inclusiva erepresentativa. A metodologia da pesquisa será composta por uma fase exploratória ebibliográfica, entrevistas e análise de livros didáticos utilizados nas escolas. O intuito éidentificar práticas educativas interculturais que favoreçam o desenvolvimento cognitivo,emocional e social das crianças nos anos iniciais do ensino fundamental, propondo estratégiaspara sua integração eficaz no currículo escolar. Em suma, esta pesquisa visa promover umareflexão crítica sobre a educação intercultural nas escolas, contribuindo para a formaçãointegral das crianças e a valorização das diversidades culturais. A expectativa é que osresultados, ainda em desenvolvimento, ofereçam insights valiosos para a construção de umambiente escolar mais inclusivo e representativo, onde todas as culturas sejam respeitadas ecelebradas. A apresentação dos resultados ocorrerá em um momento posterior, à medida que apesquisa avança.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Mais - Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/319O processo de inclusão de estudantes com transtorno do espectro autista (TEA) no ensino fundamental anos iniciais na rede municipal de educação de Inhumas-GO2025-05-30T17:50:52-07:00Suely Martins Furtado Vila Verdesuelymartinsfurtado@gmail.com<p>Este estudo está articulado nas diretrizes da educação inclusiva pautada no direito à educação,igualdade de oportunidades; valorização das diferenças e diversidade. Desse modo, seuobjetivo foi compreender, analisar e discutir como se dá a inclusão dos educandos com TEA narede municipal de educação de Inhumas, visando a promoção de um ambiente escolarinclusivo e de formação continuada para professores. No percurso metodológico, mapeou-se ascaracterísticas e necessidades educacionais dos estudantes com TEA por meio duas buscas, asaber: 1) na Biblioteca Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), do Instituto de Informaçãoem Ciência e Tecnologia (IBICT), elegendo como recorte temporal o período de 1996, ano emque se estabelecem as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, ao ano de 2024; 2)levantamento e identificação junto a toda comunidade escolar sobre como se dá adaptaçãocurricular e o desenvolvimento de práticas pedagógicas que atendam às necessidadesespecificas dos estudantes e após essas duas buscas, foi oferecido como proposta formativa,visitas in loco e articulação com formação continuada voltadas para práticas pedagógicas. Oprocesso pautou-se na avaliação das práticas pedagógicas adotadas nas escolas municipais eos processos de ensino e aprendizagem que permitiu identificar lacunas existentes noatendimento a esses alunos, que foram utilizadas para implementar estratégias pedagógicasespecificas na formação continuada promovida. Para a coleta de dados dos estudantes comTEA, utilizou-se a entrevista semi-estruturada com familiares, assistentes de sala e professoresregentes. Para a realização desta pesquisa, foram utilizados autores que desenvolvem estudosnos campos temáticos referentes ao processo de inclusão, tais como Nunes e Araújo (2011), eTrivinõs (1987). Como resultados, obteve-se assistentes de sala e professores regentes, quereconheceram a relevância da formação dos professores e as estratégias de ensino utilizadas;considerando as possibilidades de desenvolver e implementar estratégias pedagógicasespecificas na formação continuada dos professores que atuam com alunos autistas nasturmas regulares e que possam ser realizadas em todo contexto escolar. O objetivo geral foiatingido, uma vez que os relatos dos professores indicaram que a formação contribuiusignificativamente para a melhoria de suas práticas pedagógicas e para promoção de umambiente escolar inclusivo.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Mais - Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/320OS IMPACTOS DAS PERSPECTIVAS NEOLIBERAIS NA FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA2025-05-30T17:53:00-07:00Raquia Rabelo Rogeriraquia@pucgoias.edu.brMaria Esperança Fernandes Carneiroesperancacarneiro@outlook.com<p>Como resultado do processo de globalização da economia, da reestruturação produtiva e doneoliberalismo, mudanças significativas ocorreram na sociedade ao longo das últimas décadas.A educação básica, inserida neste contexto é alvo do neoliberalismo. Afinal, é o lugar para aformação de um certo tipo de subjetividade, da criação de um capital humano que alimenta osistema produtivo (LAVAL, 2019). A formação continuada de professores, imersa nesta escola,tem sido movida por uma concepção profissional via práticas que promovem a construção deum sujeito neoliberal. O objetivo central do artigo é discutir os impactos destas influênciasneoliberais na escola e, consequentemente, na formação continuada do professor. No que serefere a metodologia, a pesquisa é de cunho bibliográfico. O referencial teórico está embasadonas discussões tecidas por autores, em especial, FREITAS (2014; 2018), LAVAL (2019), MANZI(2022), que discutem a temática. Os resultados demonstram que os empresários, de olho naescola, sem querer correr o risco de que o controle político e ideológico seja perdido passam adisputar as agendas educacionais enquanto estratégia para que consigam ter o perfil detrabalhadores que esperam na porta de suas empresas (FREITAS, 2014). A lógica deadministração pública assume os pressupostos da gestão empresarial ao ponto de atuaremtambém na elaboração de textos para a legislação educacional (ANADON; SILVA; 2023). Aspolíticas educacionais, são horizontes para a formação continuada oferecida pelas redes deensino da educação básica, portanto, ficam imbricadas de orientações de cunho neoliberal.Esse fenômeno resulta gradativamente em uma desvalorização da organização do trabalhopedagógico do professor, a favor do foco excessivo no ensino de conteúdos específicos docurrículo escolar (MANZI, 2022), o que compromete não apenas a formação integral dos alunosda educação básica, mas limita a capacidade dos educadores de desenvolverem práticaspedagógicas mais críticas e reflexivas, essenciais para a formação de cidadãos conscientes eengajados. Deste modo, a formação continuada passa a seguir, no mesmo passo, uma lógicautilitarista (LAVAL, 2019). Diante deste quadro, a formação continuada precisa ser ponto depauta e de resistência, pois abrange aspectos tanto objetivos quanto subjetivos que impactamdiretamente sobre o ensino na educação básica. Desta forma, não pode ser restrita acompetências e habilidades, é necessário que seja discutida e pensada do ponto de vistatécnico, científico, humano e crítico.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Mais - Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/322Ações Afirmativas, Educação Superior E Refugiados; Um Estado Do Conhecimento2025-06-02T10:33:37-07:00Rândala Maria de Morais Nogueira y Rocharandala@gmail.comCláudia Valente Cavalcanteclavalente@pucgoias.edu.br<p>Essa comunicação é resultado parcial de uma tese em educação, em andamento, que tratasobre Ações afirmativas para Refugiados na Educação Superior Brasileira. Nas últimasdécadas, há o aumento de Instituições de Ensino Superior (IES) com oferta de vagas pararefugiados. Vale destacar que pelos acontecimentos mundiais, o deslocamento de pessoasacaba ocorrendo de maneira forçada, aumentando a migração global, crescendo o número depessoas com status de refugiados no Brasil. Por se encontrarem em situação devulnerabilidade, aos Refugiados são assegurados o direito à educação, cabendo as IESefetivarem esse direito. O objetivo dessa pesquisa é verificar e analisar as publicações, emnível de pós-graduação, a respeito da “educação superior e refugiados”. A metodologiautilizada é de cunho bibliográfica do tipo “Estado do Conhecimento”, pois permite, aopesquisador, identificar e categorizar informações das pesquisas que estão sendodesenvolvidas numa área de estudo, com recorte temporal. Para tanto, o mapeamentorealizado ocorre nas produções acadêmicas da Biblioteca Digital de Teses (BDTD) e noCatálogo de Teses e Dissertações da CAPES, com recorte temporal de 2016 a 2025. Para essefim, foram empregados os descritores: “Universidade e Refugiados”; “Ensino Superior eRefugiados” e “Educação Superior e Refugiados”. O resultado culminado é de 37 trabalhos.Empós identificação e análise dessas publicações, têm-se as seguintes categorizações: Direitoa educação (legislação internacional, nacional e universitária); Ações Afirmativas na educaçãosuperior para refugiados (ingresso, inclusão e permanência) e Atuação universitária nasociedade (atividades extensionistas). No que se refere ao objeto da tese, foram encontrados16 trabalhos, consistindo em 02 teses e 14 dissertações, sendo que 03 dissertações abordamsobre programas específicos de Universidades ligadas à Cátedra Sérgio Vieira de Melo(CSVM). Em relação a esses trabalhados, foram abstraídos os seguintes aportes científicos:ingresso e permanência; assistência estudantil; coordenação de políticas educacionais deingresso entre as instituições; inclusão nos cursos; crescimento inclusivo (acesso, engajamentoinclusivo e empedramento) e, com destaque, ao acolhimento linguístico. Ressaltando que as 03dissertações vinculadas à CSVM, as contribuições investigativas envolvem: ingresso eacompanhamento; inclusão nos cursos de graduação e acolhimento linguístico. Por meio dessaanálise, há pouca pesquisa que aborda programas específicos de Universidades ligadasCVMS, tendo em vista que a Cátedra busca propagar o ensino superior para os refugiados,contribuindo, assim, para efetivação das ações afirmativas. Assim, essa metodologia possibilitaanálises da temática escolhida e propicia a solidificação da Educação como área deproeminência para o desenvolvimento do campo científico.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Mais - Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/323Corpo E Deficiência: Por Uma Epistemologia Decolonial2025-06-02T11:35:13-07:00Sheila Santos Carvalho Ribeirodac@fasem.edu.br<p>O lugar ocupado pelo corpo na sociedade evidencia condições constituídas por arquétipos denormalidade, os quais contribuem para a invisibilização e a indiferença em relação àdeficiência. Essa produção de indiferença pode gerar compreensões imprecisas sobre ossentidos e significados atribuídos ao corpo e suas diversidades. Historicamente, a deficiênciatem sido moldada por paradigmas coloniais e medicalizantes, que reduzem a experiênciacorporal a categorias instrumentais. Este estudo, fundamentado em pesquisas no campo dasCiências da Religião e da Educação, analisa os sentidos e significados atribuídos ao corpo e àdeficiência sob uma perspectiva marginal (RIBEIRO, 2019; 2023). Parte-se do pressuposto deque a marginalização de pessoas com deficiência reflete estruturas opressivas de umasociedade colonial e capacitista (SANTOS, 2010a; 2010b), na qual narrativas hegemônicassilenciam subjetividades e reforçam exclusões. O objetivo é refletir sobre uma epistemologiaalternativa que reconheça a deficiência como expressão legítima da diversidade humana.Ancorado no materialismo histórico-dialético, no diálogo com a psicologia histórico-cultural e emcorrentes críticas da sociologia, o estudo compreende a deficiência como construção socialpermeada por relações de poder e discursos institucionais que revelam a colonialidade dosaber, sustentada em hierarquias corporais. Essa visão hegemônica não apenas desconsideraa complexidade das vivências das pessoas com deficiência, mas também reforça estruturasopressivas.Propõe-se, assim, a desconstrução dessas narrativas dominantes por meio de uma análisecrítica que questiona como os discursos institucionais perpetuam marginalizações. Aabordagem teórico-metodológica articula o materialismo histórico-dialético (MARX, 1852) com aperspectiva decolonial (MIGNOLO, 2010), permitindo analisar três eixos centrais: anormatização da deficiência como dispositivo colonial, que transforma corpos em objetos deintervenção técnica; a normatividade adultocêntrica, que constrói a deficiência como estado deincompletude, evidenciada em discursos de “cura” (FOUCAULT, 2000), e as epistemologiasdissidentes que oferecem alternativas à normatividade corporal (SANTOS, 2007). Conclui-seque a descolonização da deficiência exige: a desnaturalização crítica dos padrões corporaishegemônicos; o protagonismo epistêmico das e sobre as pessoas com deficiência na produçãode conhecimento; e a transformação estrutural das instituições sociais. Nessa perspectiva, adeficiência deixa de ser um “problema” individual para tornar-se um reflexo das limitações deum sistema que precisa ser reinventado, demandando políticas capazes de operar umatransição paradigmática ainda distante.</p>2025-05-31T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Mais - Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/324Dilúvio vermelho, lembranças da enchente que engoliu o patrimônio da cidade de Goiás2025-06-02T12:10:47-07:00Gleidson de Oliveira Moreiragleisdonhist@gmail.com<p>Esta comunicação se propõe em investigar as lembranças da enchente do Rio Vermelho dacidade de Goiás, em 2001. Examina a catástrofe ambiental como fenômeno de duração namemória coletiva, que ao atribuir ao rio, fio condutor das perdas patrimoniais (casas, ruas,pontes e signos indenitários) a responsabilidade pela tragédia, obliterou o humano noprocesso. Problematiza-se, o atributo do dramático tensionado no humano. A metodologiapauta-se no estudo bibliográfico e nas entrevistas orais realizadas com os moradores.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Mais - Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/326Literatura e educação de relações étnico-raciais no Ensino de Geografia2025-06-02T12:20:59-07:00Lavínia de Sousa Almeida Mendeslavmendes23@gmail.comLorena Francisco de Souzalorenafran@gmail.com<p>A partir da presente escrita almeja-se problematizar: Como o uso da linguagem literária podecolaborar para aproximar as juventudes da leitura, do objeto livro, bem como promover adiscussão sobre relações étnico-raciais no ensino de Geografia? Para trabalhar a linguagemliterária com jovens escolares, utilizaremos o livro infantojuvenil Histórias da Preta, edição de2005, da escritora Heloisa Pires Lima. Partimos dos objetivos de discutir a importância detrabalhar história e cultura afro-brasileira e africana no ensino de Geografia, colaborando comuma educação antirracista e com a execução, responsável e comprometida, da Lei n.10.639/2003; analisar como a linguagem literária pode instigar os jovens a se interessarem porconteúdos sobre a negritude e seu legado para a formação do Brasil; por fim, vale fazerapontamentos sobre a contribuição de Histórias da Preta para a proposta. A personagemprincipal do livro, Preta, introduz questionamentos sobre seu entendimento como uma garotanegra, a relação disso com a convivência familiar, a construção histórica do ser negro e dolegado africano como pejorativo, feio, inferior, pouco civilizado. Dessa forma, a seleção da obrainfantojuvenil se deu por compreender que seu conteúdo é de grande valia para a proposta econtribui com o diálogo entre Geografia e Ensino de Relações Étnico-Raciais. As reflexõesdispostas referem-se à busca bibliográfica e leituras feitas ao longo do mestrado emandamento na linha de pesquisa Ensino-Aprendizagem em Geografia. Compreende-se o papeldo/a professor/a como mediador didático na construção de um pensamento geográfico quedialogue com a educação das relações étnico-raciais.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Mais - Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/327Marechal Cândido Rondon (1865-1958) e a Ética do Encontro: Uma Análise Antropológica do Contato Interétnico no Brasil2025-06-02T12:25:00-07:00Marcelo Vieira Walshconsultor.marcelowalsh@gmail.com<p>Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon (1865–1958) foi um dos principais agentes doprocesso de integração nacional durante a República Velha. Natural de Mimoso, Mato Grosso,e filho de mãe indígena da etnia Terena, Rondon se destacou como engenheiro militar e naComissão Construtora de Linhas Telegráficas, responsável por interligar o Brasil, especialmentea Amazônia, por meio do telégrafo. Este projeto foi essencial para a consolidação do Estadorepublicano no período do Ciclo da Borracha. Influenciado pelo Positivismo de Auguste Comte,Rondon cultivava um ideal de progresso técnico aliado à ética humanitária. Em suasexpedições, interagiu com diversas etnias indígenas, utilizando seu conhecimento de línguasnativas para estabelecer contato pacífico, sempre com o lema: “Morrer se for preciso, matarnunca.” Essa abordagem resultou na criação do Serviço de Proteção aos Índios (SPI),precursor da atual FUNAI. Um dos episódios mais marcantes de sua vida foi a expedição de1913 ao lado do ex-presidente norte-americano Theodore Roosevelt, no Rio da Dúvida, naAmazônia. Esse feito consolidou o reconhecimento internacional de sua coragem ecompetência. O legado de Rondon é imortalizado em nomes de estados, cidades e rodoviasbrasileiras, como a Rodovia Marechal Rondon, e em várias avenidas e ruas de grandes centrosurbanos. Este artigo busca uma releitura crítica da trajetória de Rondon, à luz da antropologiamoderna, considerando o contexto histórico da ocupação amazônica e a relação com os povosindígenas. Ao integrar conceitos de autores como Franz Boas, Gilberto Freyre, Clifford Geertz,e Darcy Ribeiro, pretende-se avaliar o impacto das ações de Rondon na construção daidentidade nacional e nas políticas públicas voltadas aos indígenas. São os objetivos: Analisara trajetória de Rondon à luz dos princípios antropológicos contemporâneos e seu impacto naspopulações indígenas; investigar a contribuição de Rondon para a integração da Amazônia e aformação de políticas públicas voltadas aos povos indígenas; e discutir as implicações dolegado de Rondon nas questões de colonização e etnografia, especialmente no contexto daocupação territorial amazônica. Este estudo adota uma abordagem qualitativa, baseada emrevisão bibliográfica e artigos acadêmicos, com ênfase nas expedições de Rondon e naspolíticas que ele influenciou, aplicando conceitos antropológicos para compreender seu legado.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Mais - Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/328O Trabalho Com A Compreensão A Partir Do Gênero Vlog2025-06-02T12:40:35-07:00Fabiano Mesquita de Sousafabianomesquitadesousa@gmail.com<p>Este trabalho é um recorte de uma pesquisa realizada no âmbito do PROFLETRAS da UFC etem como objetivo principal analisar o papel da leitura/escuta no uso de gêneros orais, emespecífico, do vlog. Parte-se do princípio de que há pouca visibilidade no ensino de gênerosorais, no que diz respeito à compreensão textual, considerando que o maior incentivo se dápara a prática de linguagem, predominantemente, materializada em textos escritos/impressos,o que compromete um maior engajamento de múltiplas culturas. A partir dessa constataçãoinicial, foi selecionado um vlog do campo jornalístico-midiático, de um site, que retratatematicamente o ativismo ambiental, em contexto indígena, utilizando-se, ao mesmo tempo, deuma linguagem mais próxima do cotidiano de alunos, de 9º ano do ensino fundamental, comode conteúdos socialmente importantes e atuais para um letramento mais crítico no ensino de língua portuguesa. Para isso, discute-se o objeto sob a base teórica de Bronckart (2003), Rojo(2012) e Volochinov (2013). De posse das transcrições do referido vlog, foi realizada umaanálise do contexto de produção, do conteúdo temático e de elementos paralinguísticos quepodem auxiliar, primeiramente, os alunos a interpretarem e a refletirem sobre os temas tratadosem vlogs, de maneira geral, oportunizando uma leitura mais consciente e, além disso,possibilitando um maior engajamento e autonomia na aprendizagem da língua, conformepreconiza a BNCC (2018). As contribuições prévias, resultantes deste trabalho, versam emtorno da elaboração de materiais didáticos com foco na leitura/escuta de textos orais,multissemióticos e multimidiáticos, aprimorando a prática docente e, consequentemente, ocampo do ensino.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Mais - Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/329Percepção e mediação docente do brincar como caminho pedagógico para o desenvolvimento infantil em Barra do Garças – MT2025-06-02T12:44:01-07:00Vanessa Moreira Victor Oliveiravanessa.moreira@aluno.facmais.edu.brEdaiane Sales de Sousaedaiane.sousa@aluno.facmais.edu.brCristyane Batista Leacristyane@facmais.edu.br<p>Brincar é uma atividade fundamental para o desenvolvimento integral das crianças, abrangendoaspectos sociais, emocionais, cognitivos e físicos. Além de ser uma ferramenta educacionalpoderosa, o brincar é um direito fundamental das crianças, conforme reconhecido pelaConvenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança. No entanto, a marginalização dobrincar no currículo educacional, influenciada por fatores como a separação entre brincar eaprendizado acadêmico, é preocupante. A Base Nacional Comum Curricular reconhece o papelessencial do lúdico na educação, especialmente na educação infantil. A inclusão do brincarpode promover ambientes educacionais mais inclusivos e interações sociais eficazes. Nestesentido, a pesquisa busca compreender como os professores da rede municipal de Barra doGarças – MT percebem a importância do brincar e como utilizam essa ferramenta em suaspráticas pedagógicas. A questão central é explorar a dualidade entre a percepção teórica e aaplicação prática do brincar, considerando desafios e oportunidades para a implementaçãoeficaz do brincar, identificando para a formação de professores e informando políticaseducacionais que promovam ambientes de aprendizagem mais lúdicos e inclusivos. E para estainvestigação adota-se a abordagem qualitativa. As etapas incluem revisão de literatura eentrevistas. A revisão sistemática da literatura será realizada em bases de dados relevantes,focando em artigos dos últimos 10 anos. A coleta de dados envolverá entrevistas estruturadascom professores em Barra do Garças – MT. Na análise dos dados será utilizada a técnica daanálise narrativa, identificando convergências e divergências. Essa abordagem visa validar osachados e aprofundar a compreensão das práticas pedagógicas relacionadas ao brincar,destacando suas implicações teóricas e práticas. Como resultado, espera-se aprofundamentona compreensão das práticas dos professores sobre o uso do brincar na educação infantil e aelaboração de recomendações para fortalecer sua implementação.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Mais - Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/330Poetizando o Patrimônio Cultural: Educação Patrimonial e Ensino de Poesia na Escola2025-06-02T12:47:40-07:00Fábio Júlio de Paula Borgesfjulioborges1@gmail.comRaíssa Santos Joséraissa8596@gmail.comDivina Helena Tolentinodivinatolentino45@gmail.com<p>A valorização do patrimônio cultural é essencial para a construção da identidade e memóriacoletiva, especialmente em comunidades onde esses elementos são pouco explorados noambiente escolar. O projeto Poetizando o Patrimônio Cultural – Histórias e Versos na Escola,contemplado pela Lei Aldir Blanc – Itauçu, buscou promover a educação patrimonial por meioda poesia, utilizando o haicai como ferramenta pedagógica para estimular o olhar sensível dosalunos sobre a história local. O objetivo foi sensibilizar os estudantes sobre a importância dopatrimônio histórico, incentivando a produção artística como meio de interpretação epreservação cultural. A metodologia adotada envolveu uma oficina de educação patrimonial eensino de poesia, realizada na Escola Municipal Visão do Futuro – Professora Iracema NettoJosé, em Itauçu-GO, com alunos do 5º ano do ensino fundamental. A atividade ocorreu no dia07 de março de 2025, no período vespertino, e incluiu uma introdução teórica sobre aimportância do patrimônio cultural, seguida de uma análise da Casa da Ponte, espaço históricoda cidade. Em seguida, os alunos foram estimulados a expressar suas percepções por meio daescrita de haicais e da produção de ilustrações inspiradas no local estudado. O registro daparticipação foi feito por meio de lista de frequência e coleta dos materiais produzidos, os quaiscompuseram um relatório de pesquisa e um acervo de poemas e desenhos. Os resultadosdemonstram o potencial da poesia como ferramenta para a educação patrimonial, promovendomaior engajamento dos estudantes e possibilitando a construção de vínculos afetivos com opatrimônio local. A atividade permitiu que os alunos não apenas compreendessem o valorhistórico da Casa da Ponte, mas também desenvolvessem habilidades de leitura, escrita einterpretação artística. Os produtos gerados foram devolvidos à comunidade escolar,garantindo a continuidade da discussão sobre patrimônio cultural e possibilitando novasabordagens pedagógicas a partir do material produzido. O projeto evidencia a importância deestratégias interdisciplinares no ensino fundamental, promovendo um aprendizado maissignificativo e aproximando os alunos da história de sua própria comunidade. A articulaçãoentre educação patrimonial e criação artística demonstrou-se uma abordagem inovadora, capazde despertar o interesse dos estudantes e ampliar sua consciência sobre a necessidade depreservar e valorizar o patrimônio cultural.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Mais - Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/332Vestígios arqueológicos na mesorregião Oeste de Santa Catarina - Brasil2025-06-02T12:55:10-07:00Vera Lúcia Breyerbreyerv82@gmail.com<p>O projeto busca resgatar, catalogar e preservar vestígios arqueológicos na mesorregião oestede Santa Catarina, Brasil, através da arqueologia preventiva. Estão sendo estudados artefatosarqueológicos líticos: pontas de flechas, lanças, socadores de grãos. Também foramencontrados na mesorregião vários amuletos e pingentes em forma de batráquias. A finalidadedesses objetos ainda são um mistério. As cerâmicas caracterizam um período onde os povosque habitavam a região demonstram o início de práticas agrícolas e o início da sedentarização.Foram encontradas cerâmicas lisas, corrugadas, unhadas e tatuadas com a casca de animaiscomo o tatu. Os artefatos estão sob meus cuidados. Como não é possível manter esses objetosem seu local de origem, eles acabaram sendo doados, com o objetivo de que os mesmossejam preservados. São provenientes de doações de alunos e ex alunos das escolas: EscolaMunicipal Maria Luiza Ozório Zummer no município de Tangará, e da escola Estadual AdelinaRégis no município de Videira, e também de madeireiras localizadas na mesorregião eagricultores dos presentes municípios. Esse projeto está sendo idealizado juntamente com aempresa ARQUEO PROJECT/ Projetos e pesquisas do grupo ARQUEO, com o auxílio doarqueólogo Roberto Gambassi e sua equipe. Através deste será lançado um álbumarqueológico intitulado: Peças que contam. Para serem utilizadas para fins didáticos nasinstituições educacionais e incentivar novas pesquisas na área da arqueologia preventiva. Oprojeto está sendo desenvolvido a vários anos, e busca também desenvolver nas crianças eadolescentes o interesse pela pesquisa, por novas descobertas na área da arqueologia, pois amesorregião oeste de Santa Catarina, Brasil, apresenta uma riqueza muito significativa einexplorada, sem dúvidas surgiram grandes descobertas através de projetos como esse.</p>2025-05-30T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Mais - Unimaishttps://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/335A Política De Educação Étnica Da China E A Lei De Cotas Do Brasil: Legislações E Documentos2025-06-16T12:50:02-07:00Baobao Mamabaobao@discente.ufg.brAmone Inácia Alvesamone_alves@ufg.brKellen Cristina Prado da Silvakellencristinas@ufg.br<p>O presente texto visa apresentar uma leitura sobre a educação étnica da China e a Lei deCotas no Brasil. Para tanto, o estudo revisou a literatura, comparou esses dois processos. Paratanto, apoiamos na literatura envolvida sobre o tema, com o levantamento documental emlegislações, portarias e demais normativas que nortearam os processos nos dois países.Estudos realizados com autores como Pastorini (1997), Paixão (2000) apontam o descompassoentre as políticas públicas e a efetividade de direitos. Então, é objeto dessa escrita trazer odebate, inquirindo: como se instituíram as políticas de ações afirmativas nos dois países? Quaisos parâmetros legais ancoram a Educação Étnica na China e a Lei de Cotas no Brasil?Compreendemos que o resultado foi uma política educativa que visou salvaguardar os direitosdas minorias, visando resguardar os direitos da população.</p>2025-06-16T00:00:00-07:00Copyright (c) 2025 Centro Universitario Mais - Unimais